domingo, 26 de dezembro de 2010

Ventos e suas frequências.


Já sentiu a senssação de que você deve ir embora?
Ou que o seu tempo acabou alí, naquele instante em que você percebeu que era perda de tempo lutar por um motivo que não existe mais. E que mesmo que ainda exista, é impossível ser restaurado somente por uma pessoa.
Existem momentos em que nos damos conta que não adianta mais tentar querer aquilo que não se desfaz.
Às vezes a unica solução é recolher-se, e ficar calado.
Deixar a vida te levar, e aceitar o que o vento vem te trazer. Por que não importa por quais caminhos nós vamos, sempre encontramos novas pessoas que são trazidas pela imensidão do vento.
Enquanto uns vão.. Outros surgem.. E cabe a nós aceitarmos essa condição que a vida nos impõe.
Gosto de acreditar que o pode ser feito, está feito. E o que não foi realizado, será concluído.
Porque não importa o quanto você ame alguém, se não for pra ser não pode ser nunca.
Por isso e muitas outras razões prefiro acreditar, que a pessoa que tanto quero encontrar agora, ainda está lá fora. E quem sabe ela também não está tão ansiosa quanto eu, para nos encontrarmos.
É assim, que eu vou prosseguir. E deixar tudo que me aflinge para trás. Não adianta querermos mudar a direção do vento. Se ele está para esquerda, é para lá que o destino dele precisa seguir.
Então que seja feita a vontade dos ventos.
Ventos suaves, ou severos. Frios ou agradáveis. Que tudo seja do jeito que eu queira que seja.
E o que eu quero é poder tirar essa ferida que sangra aqui dentro.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Monstro amor.


Eu queria um copo d'água bem gelado com um pouco de coragem dentro.
Pra eu tomar tudo em um gole só, e ir em direção do meu medo.
Medo que é tão banal.. Medo de chegar em uma pessoa e abrir minha boca, que tanto quer falar.
Tem tantas palavras que querem desesperadamente sair de dentro do meu coração, e ir diretamente pra dentro do coração dele.
Um dia, esse momento chegará, e eu vou estar tão aliviada de poder jogar todo esse amor na alma dele, que eu vou ter que me recompor.
Neste momento estou assim:
Bombas de paixão pulsando no sangue.
Coração batendo como se nunca pudesse parar.
Mãos em colapso.
Olhos molhados.
Cabeça com pensamentos à mil.
Pés balançando sem parar, procurando algum motivo.
Alma cansada, e ansiosa.
Um conjunto de ações tão diversas, que acaba formando uma coisa que chamo de amor.
Uma coisa que me dá medo, mas que aprendi a deixar invadir-me.
Porque afinal, o amor é um monstro.. Reflita comigo, se você não sabe lidar com esse monstro ele te devora e engole você. Mas se você consegue entender e aceitar, deixar-se levar, ele pode ser tão sublime e doce. Tanto quanto uma barra de chocolate.
É por isso que eu digo o amor é um monstro cheio de garras, mas com uma mão macia.. Com olhos vermelhos e assustadores, mas um vermelho apaixonante.
Esse é o tal do amor. Monstro amor.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Tentativa de tentar encontrar.


Os olhos estavam fervendo em lágrimas, mas eram lágrimas internas.
As mãos dela suavam e estavam tão molhadas como se estivesse saindo do banho naquele instante.

Os olhos estavam fixos e secos.
As mãos dele estavam trêmulas e com os pêlos todos arrepiados.
Ela se aproximou pegou sua mão, e pôs em cima da mão dele,
Foi uma mistura de suor com arrepios, e sensação de alívio...
Ao mesmo tempo em que os olhos, se encontravam a fervura dos olhos dela se transformava em um brilho tão luminoso que tirava a secura em que o olhar dele estava. Fazendo uma sinfonia de olhos, mãos e agora de lábios também..

Pois ele se aproximava daqueles lábios rosados e tão pequenos que ela possuía, mas que ele tanto admirava e tanto queria sentir.
Ela deixava ele se aproximar. Sem muito suspense, ela fechava aqueles olhos que agora estavam tão cheios de luz. E deixava se envolver por aqueles lábios tão bem desenhados que ele tinha.
As bocas enfim encontram-se e era como se fogos de artifício estivessem loucamente explodindo no estômago de ambos. No coração era como se notas musicais tocassem sem parar, num ritmo chamado paixão.

Quando aquele beijo teve fim, os olhos dos dois abriram lentamente em busca do rosto um do outro.
E encontraram a feição que queriam: Plenamente apaixonados, e em paz. Com olhos serenos, bocas trêmulas e respiração de quem ama e não consegue parar.

Assim, eles viviam os seus dias, em busca de cada parte um do outro. Porque eles se completavam. A tristeza de um, amenizava-se quando o outro simplesmente sorria.

Talvez em algumas palavras, eu tenha conseguido descrever o que é amor para mim.
Mesmo que falte tanto nas entrelinhas... Porque eu nunca vou conseguir explicar o que necessariamente é amor. Quanto mais se fala, menos se encontra. A própria palavra perde-se ao tentar dar sentido.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Um dia de perdedor.


Era uma manhã estonteante, com passarinhos cantando e com um lindo sol brilhando.
Mas por trás de tudo isso, havia uma menina obscura. Perdida no meio de um mundo cheio de sentimentos, desilusões e dor.
Como pode um mundo tão cheio de cores, pontos, retas e círculos, parecer tão preto e branco e quadrado para ela?
É, as vezes não adianta o quão lindo o dia esteja. Mesmo assim a dor de muitas pessoas pemanece intacta.

MAIS QUE SE FODA!


Ah, mais que se foooooooda todos os conceitos da sociedade, todas as vontades do capitalismo... Toda a arrogância de um mundo que insiste em ser maioral.
Eu vivo é na disordem, na falta de regras, na falta de mães, de luxo.
Eu vivo é no meio da bagunça, da zona, das pessoas que amam sem sentimento de troca.
Eu vivo no meio de gente que me quer bem, que me ensina o que é o amor, o que é a honestidade e a vida.
Eu aprendo a cada dia o que é essa luta que estamos predestinados a ter...
Eu sei que estou aqui pra aprender, que dores são mais que necessárias, são indispensáveis.
A dor é aprendizado, é evolução.. E evolução é paz.
Quero ao meu redor, quem possa me trazer algo bom, algo que possa me trazer paz de espírito.
Porque coisas ruins, eu possuo mais que ao meu redor.. Pois o mundo está cheio de química, física e matemática negativa. O que não falta são pessoas com peso na alma, com o espírito cansado...
E disso eu sinceramente quero distância.
Quero o prazer de amar, sorrir, gozar, falar, escutar e beijar.
Quero é motivos para acordar.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Nuvens de assombros.

Talvez fosse o tal sentimento de vazio
Ou talvez a solidão que pedisse para entrar em seu peito
Tudo o que acontece em sua vida ultimamente parece ser um erro
O tempo passa para trás, cada vez mais intensamente.
Nem ela mesma pode se reconhecer.
Chuvas, chuvas e mais chuvas.
Um dia nublado seria mais convincente.
Sozinha e sem quem pudesse abraçar, e derramar suas lágrimas que ardem querendo sair de seus olhos.
Sentia-se como um nada. Mesmo que o nada fosse mais do que ela queria mostrar.
Triste, sozinha e sem esperança.. Assim ela vagava, com um sorriso falso entre seus lábios.
E ninguém percebia, e nem iriam. Não deveriam.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Um medo de olhar e perder o controle.



O dia em que me apaixonei por você, foi o dia em que olhei em seus olhos, e percebi que se eu não estivesse olhando para eles, eu não me sentiria daquela maneira se olhasse para outros. Quando toquei na sua boca, com a minha, e também percebi que aquele toque jamais seria o mesmo se fosse em outros lábios. Quando nossas mãos juntaram-se, um tentando mostrar para o outro que estava alí, e que não iria sair nem tão cedo. Quando dormíamos juntos, e sua respiração me parecia quieta e serena. Quando fazíamos amor, e suas mãos me abraçavam, seus lábios tocavam os meus com uma força e ao mesmo tempo de um jeito tão doce. E seus olhos.. Ah, os seus olhos.. Eles me olhavam de um jeito, que eu sabia que era só meu. Eu sabia que aquele jeito só eu poderia ver.
O que me deixa triste é saber que mesmo depois de tantas vezes que me apaixonei por você, agora só resta as lembranças de como foi um dia poder ter cada parte que me fez sentir como nenhuma outra pessoa já se sentiu. O pior é saber que eu só posso olhar para cada parte deste corpo que sou tão apaixonada, e imaginar... Só imaginar, porque se eu tocar eu vou cair em seus braços como se estivesse pedindo socorro por não querer mais viver sem um beijo seu. E eu sei, que quando me olha, sabe extamente que eu queria estar ao seu lado, beijando seus lábios, deixando você me abraçar e esperando por uma noite com todos aqueles olhares que eu sabia que só seriam meus.
Agora, esses olhares transformaram-se em desconfiança, medo e insegurança. Mas a paixão não morreu, porque vejo em seus olhos o fogo de toda uma história. Assim como você vê nos meus.
Deve ser por isso que quando nos olhamos ao mesmo tempo, mas sem querer, viramos o rosto tão rapidamente, por medo de não aguentar e correr para o braço um do outro, sentir todo o fogo, e deixar-se queimar.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Essência com sabor de esperança.


Sabe, as vezes eu sinto falta do que eu costuma ser.
Das coisas que eu gostava de acreditar, das pessoas que conheci.
Sinto falta dos sentimentos que tinha, dos sonhos que realizei.
Sinto falta do meu ser, antes de tudo isso, de toda essa mudança.
Talvez o que eu mais sinta falta, seja a maneira que eu tinha de lidar com cada dor, cada pedaço de solidão que tomava conta do meu coração.
Eu já fui tão diferente, tão confiante e serena.
Eu tive a chance, tive a chance de fazer tantas coisas diferentes, mas talvez nenhuma dessas escolhas que não fiz, tivessem me levado até onde estou agora.
E de uma certa forma, eu aceitei bem o que sou.
Mesmo que sinta saudades da menina que fui, daquela menina tão plena e forte.
E quer saber? Só existe uma coisa que continua a mesma.. A minha maneira de amar tanto, de querer tanto. A minha insistente maneira de ser insegura com esse sentimento, mas que mesmo assim ama, e ama demais. Talvez seja por isso que minha essência continue intacta. E eu não vou deixar ela ir embora, vou guardá-la até ele voltar. Porque de uma certa forma, eu sei que ele vai querer sentir toda essa graça que possuo, e que guardei tão bem, porque eu sabia, e sempre soube que ele iria querer sentir que ainda sou aquela de 2 anos atrás.
E por ele eu posso ser. Porque afinal, eu amo tanto.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Um silêncio, cheio de palavras.


Eu fico pensando com meus botões, sobre pessoas que são denominadas ''fofoqueiras''.
Acho curioso, a maneira como essas pessoas vivem.. Em função dos outros, querendo sempre saber uma novidade da vida de outro alguém.
Mas acho que uma pessoa assim, deve ser muito solitária, ou com muitos problemas pessoais. Porque no meu ver, quando você fala muito de outras pessoas, é porque você quer suprir os seus defeitos, as suas mazelas e o seus próprios problemas. Tudo bem que isso aí não justifica tanta baboseira que é jogada pra fora, da boca destas criaturas.
Porque afinal, qual o bem que te trás, estar falando das coisas ruins que acontecem às outras pessoas? Isso só trás é impureza pra tua mente, pra tua alma.
Em vez de está abrindo a boca pra destilar veneno, porque você não procura fazer o bem?
Existem um infinidade de coisas boas, que pode-se fazer às pessoas que possuem problemas, em vez de estar falando da vida alheia.
Pessoas que agem dessa maneira, querem algum motivo pra aparecer na sociedade.. Querem arrumar alguma maneira de dizer que são melhores do que os outros.
Mas o que eles não sabem.. (ou as vezes até sabem, o que é pior) É que a inveja é só o fruto de toda essa tristeza que possuem.
A inveja não te leva a nenhum lugar. Talvez o que essas pessoas precisem, é de um choque da vida.. De um choque emocional. Crescer na vida não faz mal a ninguém, muito pelo contrário, evolução é necessário, fundamental. Se não, pra que tu veio ao mundo? Simplesmente pra estar abrindo a boca, e soltando inveja? abrindo a boca pra tentar querer ser o que não é.
As palavras são um veneno. É como um remédio. Depende da dose, se tu usa demais, te mata. Se tu usa moderadamente, te cura.
Aprender a ficar calado, te faz ganhar muito mais, no lugar de falar e falar... As vezes quanto mais palavras, mais solidão.
Aprendi, que o silêncio faz muito mais barulho que o próprio.


terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Erro é só um derivado de um acerto..


Poderia ter dito tantas coisas, ter pensado menos e feito mais.
Eu poderia mesmo era ter engolido a porra do meu medo, e feito a minha própria vida.
Eu poderia na verdade, era dizer sim para a incerteza.. A incerteza de não saber se vai ou não dá certo, se vai ou não me fazer sorrir. Arriscar vale mais a pena, mesmo tendo o que perder.
O que é pior, é não fazer por medo de sofrer. Tu sofre mais ainda.. É como se fosse um momento de dor, multiplicado por todo o momento em que você teve a chance e desperdiçou.
Isso vai te agonizando.. Mas também vai te fazendo ver, com os olhos sangrando, que a vida é uma luta, e quanto mais se perde, mais se ganha. As lutas perdidas, são as próximas vitórias.
Porque todo mundo já está é cansado de saber que a vida é imprevisível. E esse tipinho de ponto de vista me dá vontade de vomitar.. Eu odeio falar sobre essas coisas que todo mundo fala.
Mas é inevitável não ter uma opnião. Porque afinal, eu sou um ser humano, e eu erro mesmo.. Erro e aprendo, erro e choro, choro e sinto que um dia será a minha vez.
E se não for, que se foda, eu não vou é ficar choramingando por uma coisa que não houve. Apesar da culpa ser só minha, e eu saber disso.
O negócio é que eu não estou é ligando pra minha dor.. Deixei ela de molho, e não vou enxaguar. Vai apodrecer.. Aqui dentro.
E eu vou é sorrir, porque de que vale uma vida sem um sorriso? Mesmo que falso, me faço acreditar que é real.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Mensagens de texto, são sinais vitais.


Sentada, ao som daquela música que ele mesmo havia mandado para mim. O olhava de escanteio.. Como se não quisesse olha-lo e nem que ele soubesse que eu o observava.
Mas o engraçado é que quando olhava ele nos olhos rapidamente, em fração de segundos ele também estava me olhando com o mesmo tipo de pensamento, tenho certeza. O conheço melhor que qualquer outra pessoa, sei o que ele queria com aquele olhar.
Sorrisos embaraçados. Risadas falsas pra mostrar desinteresse sobre ele. Muitos amigos na mesa, muitas conversas, mas quase nenhum motivo que me fizesse não reparar em cada movimento que ele efetuasse. Até as músicas que ele colocava para tocar, eu tentava adivinhar o por que.
Até que estou com o celular dele em mãos, e percebo que ele toca. Quando olho bem pra saber quem liga... A namorada.
Aviso que ela está ligando, ele vem buscar o celular, e eu com a cara de paisagem maior do mundo. Sabe aquela cara de quem nunca viu um celular? Ou de quem nem liga pra o mundo está acabando? Foi exatamente a minha feição na hora.
O resto da noite, foi somente troca de olhares, e tensão. Eu sabia que algo estava errado, ele estava calado, não ria, nem conversava com os amigos. Resolvi perguntar o que era. Mas convenhamos... Eu já sabia muito bem.
Perguntei, e ele não queria dizer.. Eu conheço tanto aquele rosto, que ele nem precisava dizer. Mas eu queria que ele falasse, eu queria que ele dissesse que era por causa de mim.
Egoísta até dizer basta. Eu sei.
Ele tentou se esquivar de mim, mas ele nunca consegue. Acabou escrevendo pela mensagem de texto do celular o que realmente era.
''Pensamentos.. Recaída.''
Eu li aquilo, meu coração pulsava como nunca.. Eu provavelmente fiquei vermelha, eu queria era o beijar ali mesmo. Mas eu me refiz em segundos e escrevi: ''Ah, normal''
Eu na verdade, não queria responder aquilo e sair. Pois foi o que eu fiz.
Fiquei o tempo todo o olhando, e vendo as feições de desânimo dele, até que eu decidi sentar ao lado dele, mesmo que eu não fosse olha-lo.. Eu só queria que ele soubesse que eu me importo.
Até quando as pernas dele, tocavam as minhas sem querer, eu suava como uma louca.. Eu sentia um frio na barriga, aquilo me incomodava, e eu tirava a perna. Ele tentava chamar a minha atenção com um isqueiro, e eu tentava dar um jeito de fingir que não ligava.
Eu lembro bem do abraço que dei nele, lembro das nossas bochechas perto uma da outra. Fervendo.
Logo após, todos foram embora, inclusive nós.
E essa foi a última vez que o vi. Não faço idéia de quando e como o verei novamente, só sei que será desconfortante pra nós dois.
E eu na verdade, nem sei como acabar esse texto, porque agora mesmo meu coração pulsa tão rápido, que eu não consigo mais expressar as palavras certas.. Vou deixando um rastro de vergonha por aqui.. E me retiro.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Entrelinhas mais que submissas.

Más decisões, na verdade acabam dando início a boas estórias.
Tenho como exemplo praticamente todos os textos que tenho nessa página do blog.
Às vezes, o que eu quero passar no texto nem sempre consigo, daí acabo me sentindo frustrada,
e passo uns dias sem escrever. E eu realmente detesto quando isso ocorre.
As pessoas dizem que você nasce com um dom, acho que escrever pra mim não significa isso,
acho na verdade, que seja um refúgio da solidão, onde eu posso compartilhar com mais algumas pessoas toda minha dor, ou angústia, ou alegria.. Ou o que seja.
Gosto de escrever porque me faz pensar que o mundo pode ser de outra maneira, que as coisas podem fluir como as palavras fluem da minha mente até as minhas mãos, e chegando até o teclado.
Fazendo assim, que eu mesma possa crer que as coisas podem, e devem ser de outra maneira.
Quando leio meus próprios textos, sempre sou crítica, é difícil eu gostar realmente de algum, mas quando gosto leio e leio e releio várias vezes, que é pra acreditar que quem fez isso, foi eu mesma. E que nas entrelinhas eu escrevi coisas para que eu pudesse entender, que fiz o texto pra mim mesma acreditar nas possibilidades postas.
Mesmo que eu não entenda, está subentendido em cada linha que escrevo a mensagem que mando pra mim mesma.
E eu acabo entendendo.. Deve ser por isso que eu continuo escrevendo.


terça-feira, 30 de novembro de 2010

Calçada movediça.

Eu sinto como se meus pés não pudessem alcançar a calçada..
Necessito tanto desta calçada, mas que o coração necessita de uma cirurgia quando há alguma complicação.
Essa calçada é o meu lar, o meu ponto de equilíbrio... Descalça mesmo, eu costumava andar sobre ela, com todo meu poder, com todo o meu achar. E no fim, eu senti ela se afastando de mim, como se as árvores cada vez mais espalhassem suas raízes sobre ela. Sobre a minha base.
E assim destruindo toda a superfície, e só deixando pedras muito duras, e sem vida...
Aquela calçada era tão linda, ela cuidava de mim, me aquecia nos momentos de puro gelo naquele coração que estava prestes a se romper.
Mas no fundo de toda essa bagunça de raízes e pedras cinzentas, há uma poeirinha bem lá no fundo...
Onde eu não posso deixar de ver, e crer que no meio disso tudo, essa tal poeira ainda me dá a chance de começar tudo outra vez. E quem sabe construir outra calçada, mas agora em vez de pedras e raízes, somente areia e plenitude?
Talvez dê certo.. E se não der, eu vou começar de novo, e mais uma vez.

sábado, 27 de novembro de 2010

Apenas um gole, só mais um.


Qual o grau de diferença entre o amor e o arrependimento?

Acho que o amor vem junto com a saudade.
O arrependimento precedido da culpa.
Mas como saber a diferença entre eles?
Minha cabeça quer me fazer pensar que é amor.
Mas eu sei que não é só isso.
Afinal, eu tomei a decisão de afastar alguém
que só me fazia bem, mas que eu fiz muito mal.
Contraditório não?

Mas como saber a linha de diferença entre a saudade e a culpa?
Pra mim elas são parecidas.
Não são iguais, mas quando está na situação em que me encontro fica difícil de saber,
se a saudade não vem carregada de uma dose forte de culpa.
É como se fosse um drink. Que eu preparei pra tomar.
Um tanto de paixão, misturado com mágoas.. Uma pitada de arrependimento, acompanhado de
uma dose forte de saudade. E a culpa de acompanhante.
Bebi tudo em um único gole, e agora meu corpo me prende e eu não sei mais o que pensar. Nem o que sentir.
Estou bêbada de alusões.



quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Estrelas, luz e mistérios.


Já parou pra saber, o que existe nas estrelas?
O que será que existe em uma estrela?
Será que há somente luz? E não existe escuridão.
Ou será que é como dizem: ''Quando uma estrela já está morta, o brilho dela só chega na terra anos luz depois''
Será então que as estrelas que vemos não brilham mais?
Que até elas nos enganam.. Com essa luz de segundo plano?
Elas devem ser na verdade, completamente vazias e escuras.
Assim como vários ''homo sapiens''.
Assim como um eu, que quero deixar pra trás, mas que temo.
Acho que é demais me comparar a uma estrela.
Apesar das mentiras, ela é uma estrela. E ela nasceu pra brilhar, mesmo que não brilhe, mas um dia já brilhou muito.
As estrelas merecem realmente muito mérito, elas são a diversão dos apaixonados.. Que deitam ao chão para admirá-las e sonham em como seria estar sobre elas um dia.
E é isso que importa, o fato de mesmo que vazia, e escura, ainda assim consiga mostrar que pode obter os olhares de muitas pessoas.. Pelo que é, e pelo que transmite.
Assim procede. Se eu fosse você, ao terminar de ler esse texto, iria diretamente para algum lugar onde pudesse observar uma estrela, e ficar alguns minutos pensando, afinal o que será que existe numa estrela?

domingo, 21 de novembro de 2010

Sorte e amor deveriam ser sinônimos.


Sentia frio, mas não por estar frio naquela noite. Mas sim, por meu coração estar derretendo em gelo.
Sentia fome, mas não por estar sem comer. Mas por sentir barulhos em minha barriga ao mesmo tempo que sentia o gelo descendo pelo meu coração até o estômago.
Sentia arrepios, mas simplesmente por ter visto ele em minha frente. O que eu deveria falar pra tentar faze-lo prestar atenção em mim, em meus movimentos, em minhas palavras. Ou será que eu deveria apenas sorrir e esperar ele tomar conta da situação? Seria mais fácil. Mas eu acabei abrindo minha boca gigante e trêmula.
- ''Está tarde.''
ESTÁ TARDE? Como assim? Como alguém começa uma conversa tão importante desta maneira? Não sei, mas eu tive a honra.
E ele respondeu:
- ''É, me desculpe, eu tive algumas coisas pra fazer essa tarde. Mas afinal porque você me chamou aqui?''
- ''Bom.. Na verdade, eu te chamei aqui, porque preciso... Preciso te falar uma coisa.''
Ah, não.. Imagina. Eu havia o chamado alí para escovar os dentes. COMO EU FALEI ISSO?
Lá vai ele mais uma vez responder as minhas tolices:
- '' Bom, e.. O que tanto seria? Acho que talvez nós já tenhamos falado demais não?''
Ok, levei um baita murro no rosto agora. Lógico que na minha mente né? Ele jamais me bateria. Ah não ser com as palavras.
- ''Você está certo. Mas eu quero que saiba que hoje foi um dia muito difícil para mim.. Eu pensei muito antes de estar aqui. (Mentira, eu não pensei nada.)''
- ''E..?''
-''E.. Naaaaa verdaaaade.. Eu acho que eu preciso ir ao banheiro.''
NÃO MEU DEUS, AGORA EU ME SUPEREI. Pode por favor parar de ler essa história? Banheiro? Não.
Pra lembrar, ele estava rindo da minha cara.
- ''Você o que? (risos), Só você mesmo pra me falar uma coisa dessas num momento tão.. É.. Bem, desagradável.''
-''Me desculpa mesmo, mas eu preciso muito. Não saia dai, espere só alguns minutos ok?''
Corri pro banheiro da minha casa, e olhei pro espelho. Eu estava ridicula e vermelha. O que eu pretendia com todo aquele show de comédia? Ele não estava me levando a sério.. Eu tenho certeza disso. Assim como eu tive certeza de quando eu dei aquele fora nele, e ele começou a namorar. Não podia mais continuar daquele jeito. Eu tentei tanto comigo mesma, mudar. Tentei tanto para aquele momento acontecer, e eu estava dizendo para ele esperar porque eu queria ir ao banheiro? Nem que eu estivesse realmente precisando fazer xixi, ele não poderia esperar mais que esperou todo esse tempo que eu o fiz de marionete.
Olhei novamente pro espelho e falei com uma cara que nem eu mesma sei como fiz:
- ''Agora é o momento em que eu preciso agir. Foi esse o momento que eu deveria ter dado a ele durante esses 2 anos. Não posso continuar com essa loucura, não posso perder o amor da minha vida por medo de amar. Vou sair desse banheiro, pronta para dizer tudo que está preso aqui em mim.. E depois que tudo estiver resolvido, vou até a casa de um grande amigo, agradecer-lhe por ter me feito clarear o que eu queria ter deixado na escuridão.''
Saí daquele banheiro, como nunca em toda minha vida tivera saído. Totalmente aliviada. (Ok, eu já havia saído mais aliviada em algumas situações.. Mas nada comparado. AHAHAHA.)
Quando chego na sala, ele estava lá parado, com cara de tédio e com uma vontade imensa de ir pra casa, mas tão imensa que eu estava sentindo isso em seus olhos.
Assim que o vi, falei:
-''Desculpa por todo esse rodeio.. Mas eu estava tão nervosa. Ainda estou, mas agora eu estou mais segura. Se ainda quiser escutar...''
Ele levantou-se do sofá com cara de emburrado e disse:
-''Não tenho nada a perder, continue. Mas por favor, seja breve.''
Senti o frio novamente descendo pelo meu estômago, mas eu continuei olhando nos olhos dele:
-''Olha só.. Nós dois sabemos que eu te machuquei muito, que tudo que fiz não merece perdão.. E que eu não deveria estar aqui ocupando teu tempo, falando todas essas bobagens, mas é que agora me dei conta, do quanto isso é importante, do quanto eu fui tola ao te deixar ir embora.. E é verdade sabe? quando dizem que a gente sabe o que tem depois de perder. Mas eu também acho que seja verdade, que quando você ama alguém, nada tira ele de você. Estou falando demais como sempre, mas o ponto é: eu quero te pedir perdão por ter sido tão egoísta, e medrosa. Mas eu deixei minha coragem, e meu amor.. É.. Meu AMOR por você falar mais alto. Eu te quero pra mim. Eu amo você.. E..
Eu estava falando tanto que nem percebi. Foi quando ele me interrompeu:
-''Já sei, eu já entendi. E eu sabia, que esse dia ia chegar. O que você espera de mim? Sinceramente?''
Gelei. Eu gaguejei como uma porca.
- ''E-u.. Nã-o sei o que..''
Ele parecia mais sério do que nunca. Me segurou com as duas mãos pelos ombros:
-''Olha só.. Eu te amo, mas eu não sei se vale a pena mais tudo isso entende? Depois de tantas mágoas, como posso saber que esta não é como das outras vezes? Como posso ter certeza de que você não vai começar com as suas histórias de que não tem coragem pra continuar com uma história que nem tinha começado? Em, como posso saber?''
Eu cai no chão, aos prantos.. Eu chorava como uma desesperada.. E nada saia da minha boca. Uma palavra siquer, apenas lágrimas saiam sem parar.
Ele ajoelhou-se na minha frente e disse:
- ''Quem diria né? Você aos meus pés agora. E eu aqui, pronto para tomar uma decisão que pode ou não te fazer sofrer. É nessas horas que me pergunto, o que você faria se eu estivesse no seu lugar. E é nessa horas também, que me pergunto se o amor é suficiente.''
Eu escutava as palavras dele, mas eu não conseguia falar. Levantei meu rosto e olhei pra ele. Me senti humilhada. Era assim que o amor deveria ser?
Ele sentou-se ao meu lado e parecia sereno. Não disse nada, passamos alguns minutos daquele jeito, até que eu decedi falar.
-''Eu te amo. Me desculpe, foi um erro tudo isso, novamente.. Eu sei que eu mereço tudo isso, me perdoe. Só isso que tenho para te falar.''
Ele não me deixou levantar, e me beijou profundamente. Eu não entendi o por que daquele beijo, não era o que eu esperava.. Mas eu me senti feliz. Plena também.
Ele parou o beijo, e disse:
-''Em pensar, que eu esperei tanto por esse momento.. 2 anos a espera somente dessas palavras. Só isso era preciso entende?''
Eu não sabia o que dizer. Continuei calada.
-''Agora.. Eu nem sei o que eu quero. Não sei se quero te matar, ou se quero te beijar parar sempre.''
Eu nunca havia estado tão confusa como estava naquele instante. Permaneci calada, e aliás, eu nem precisava abri a boca, meus olhos diziam tudo.
-''Mas, dentre essas duas.. Talvez nenhuma sirva. Talvez o que sirva seja dizer a você que te amo também, e que mesmo que eu tenha esperado tanto por esse momento, eu nunca imaginei que quando ele chegasse eu não o quisesse como o sempre quis. Mas o que eu mais posso fazer? Se eu te amo.''
Eu estava tão nervosa que levantei, e disse:
-''Você o que? Você acabou de dizer o que? Que me ama? Então.. Isso é.. Um: ''Eu te perdoou?''
Eu parecia tão ridicula quanto os teletubies.
E ele ria de mim.
-''Você é sempre ridicula, mas eu te amo. Chega de tantas palavras, a gente falou mais que tudo durante esses 2 anos. A gente só falou.. e Falou.. Então enxuga essas lágrimas e vem aqui me abraça e me deixa te amar como você nunca deixou. Eu te prometo só felicidade daqui pra frente.. É só você deixar..''
Eu abri um sorriso tão grande aquele momento, eu senti que ele sabia que eu estava esperando aquelas palavras.
-''Não estou acreditando.. EU TE AMO! (gritei)
Eu o abraçei tão forte que caímos no chão, e rimos.. Rimos e rimos. Como costumava ser no começo. Sem mais palavras depois dalí, só amor e amor.
Eu sabia o quanto eu tive sorte de ter ele ao meu lado, dele ter me perdoado depois de tantas que fiz. Mas era amor.. Como ele mesmo disse. O amor, cura. O amor é maior que o orgulho e as feridas que não cicatrizaram ainda. E eu sabia que aquelas cicatrizes estavam abertas, mas eu também sabia que eu ia sara-las com todo o amor que tanto nos fez mal. E que agora acabava com as cicatrizes.








quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Egoísmo interno.


Já cansei de falar de vazio, de dores, e de decepções internas comigo mesma.
Mas o que mais pode-se falar, se o teu eu é assim? Se o teu eu, não passa de um atormentado perdido dentro de suas próprias escolhas e alusões?
PORRA NENHUMA! é isso que tu pode fazer.
Mas, as vezes a vida te deixa opções sem nexo, pra te fazer feliz. Algumas vezes você é esperto o suficiente pra pega-las no ar. Outras, você as deixa passar, como um mendigo que você olha na rua, e finge que não viu. Falando em mendigos, eu me pergunto porque todos os dias nós passamos por essas pessoas e não dizemos um simples ''bom dia'' ou ''boa tarde'', que seja.. Mas porque deixamos tantas coisas simples passarem? No caso do mendigo você talvez não dê um ''bom dia'' por medo dele te atacar e te pedi uma moeda de 50 centavos. Mas as vezes, o que ele só quer, é ser notado.
Pelo menos eu, ficaria atormentada de todos os dias, milhões de pessoas passarem por mim, e nem me olharem, com medo da minha aparência.
Não sou hipócrita, pra dizer aqui, que sempre que vejo um mendigo digo: ''Bom dia senhor mendigo, como vai passando essa vida miserável que leva?''
Não mesmo, porque estamos acostumados a olhar somente pra nós mesmos, e seguirmos a vida pensando no nosso bem, ou no bem de quem conhecemos, ou achamos que conhecemos não é?
Acabei aprendendo que aqueles, que menos são notados, são os que mais notam. E que quando tu menos espera a vida te coloca novamente numa situação sem nexo, pra tu poder notar que as coisas que passam mais rápido por nossas vidas, são as que mais sentiremos falta, e que mais vamos querer poder refazer. Por tanto, o vazio que você leva todo dia, quando acorda pode ser transformado em um ''bom dia'' pra aquele que tu sempre vê, mas tem medo de falar.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Covardia bipolar.


Eu deixei você ir, por medo de mim mesma.
Por medo de te machucar ainda mais, por medo de te ferir com meu próprio ‘amor’.
Complicado realmente, de poder entender essas explicações tortas que saem de mim, mas eu não saberia te ter.
Eu não saberia poder te olhar nos olhos e aceitar que você tem que ficar comigo.
Eu abri mão de você, porque eu sabia que nunca te faria feliz. Meu vazio é maior que meu sentimento.
Se é que posso utilizar essa palavra ‘sentimento’. É insano, é.
É totalmente desconsertante, mas eu espero que pense em mim todos os dias em que estiver com ela, espero que ao beija-la sinta o gosto da minha boca, e que quando abraça-la lembre do meu cheiro. Que esse cheiro invada você, e não te deixe respirar. Espero que morra, pensando em mim.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Um círculo de fogo. Um fogo chamado medo.


Esse sentimento não deveria ser algo que te faz querer estar perto daquele que tu ama?
Ou daquele que tu acha que ama.. ou talvez o que tu simplismente não consegue olhar nos olhos por mais de alguns segundos? É, mais comigo sempre tem que ser diferente.. Sempre tem que ser mais difícil. As vezes nem é, sou eu mesma que faço ser tão complicado assim. Eu não consigo amar. Está nas minhas veias.. Eu tenho medo do que eu posso fazer, ver, escutar.. Me dá um certo pânico. Quem não gosta de viver um grande amor? Quem não queria ter alguém que te ama, que tá sempre alí pra tu, mesmo que ele não diga, você sabe que a qualquer momento é com ele que tu pode contar, confiar. Quem não quer viver um grande amor e seus derivados? EU. Não quero ser escrava de um sentimento.. Não posso dizer essas coisas todas sobre o amor, se já não tivesse vivido ao menos uma vez não é? Bom, já vivi, já amei. Não quero mais, não consigo mais.. O contraditório é que eu amo. Mas não quero aceitar, e isso vai me matando, porque tomo atitudes que faz meu coração sangrar. Tomo atitudes para distanciar aquele que me ama.. Nem sei se ama.. Mas pelo menos amou. Eu tento jogar fora meu amor, e o dele ao mesmo tempo. Mas porque? É só isso que eu queria saber. POR QUE? Não. Talvez eu nem queira mesmo saber.. E se ele olhasse nos meus olhos, me mostrasse que me ama, que vai ficar comigo a todo custo, e que eu não tenho outra alternativa, o que eu faria? Aliás, o que você faria? Acho que eu choraria, e fugiria. Como sempre eu fugiria. Sempre acabo magoando quem eu amo, é como se eu fosse feita pra isso, pra magoar.
Já admiti que sou assim, que não tenho outra saída.
Fugir sempre parece ser mais fácil, mas muito pelo contrário, é muito mais triste..
Quando você foge de algo, significa que você quer muito, mas simplismente não sabe lidar com aquilo, daí tua única e insignificante alternativa é fugir pra longe de tudo que te faz lembrar quem tu ama.
Comigo não resolve, porque eu levo tudo que eu sou e o que eu fiz.
É como uma marca, que não sara, que só sangra.. E que a cada gota que cai, é um segundo perdido ao lado dele.
Para aqueles que acham que não tenho amor em mim, que saibam que tenho. O ponto é: Não sei expor e não sei como aceitar o amor daqueles que tanto querem me dar. Talvez eu realmente morra sozinha, numa solidão onde não haja mais ninguém que queira me amar como um dia quiseram. Mas pelo menos morrerei ciente. Sozinha, mas ciente. Se isso serve de consolo, não quero ser uma velha solidária, e cheia de hipocrisia. O ''velha solitária'' me basta.
Um ciclo vicioso. Um vício sem extremos. Uma extremidade sem amor. Um amor sem coragem.

domingo, 24 de outubro de 2010

Lágrimas de vidro.


Onde estão as respostas, para essa questão tão incerta dentro do meu coração?
Mas, que coração? Ainda possuo um? Nem sei mais se sim, ou se não..
Perguntas e mais perguntas, o tempo todo.. É o que mais me faço.
Perdida dentro de mim mesma, como se meu interior fosse um redemoinho, em que a todo
instante, caiu dentro do meu próprio buraco.
Um buraco que eu mesma construi, que eu mesma modelei.
É como se fosse uma bolha, que está prestes a estourar.. Uma bolha que dentro dela, há
vários tipos de sentimentos.. Tais quais:
Rancor, mágoa, alegria demais, confusão demais, ódio demais.. E esse é o pior.
O ódio. Tudo de mim, começa pelo ódio.
O próprio amor, que tanto temo.. Seu ponto de partida é o ódio.
Como renegar a teus próprios sentimentos e medos? Como fazer para essa bolha não estourar,
e junto com ela levar toda tua superfície?
As minhas lágrimas nesse momento, me parecem mais cacos de vidros, arranhando meu rosto, a cada milímetro que escorrem..
O que tenho de fazer, é não fazer nada. Só preciso esperar meu sangue descer junto com essas lágrimas, porque uma hora o sangue vai acabar. E aí, eu vou acabar também.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Necessidade múltipla.


Me pergunto todo dia, o significado do sexo.
Sexo pra mim, é necessidade. Falando bem francamente.
Sexo é uma mistura de paixão com egoísmo.
Vamos refletir: Na hora ''H'', você está pensando mais em você, mais no seu tesão do que no teu companheiro(a). Lógico que é uma troca de afetos, de soluços e de exaltação. Mas o que te importa mais, é o teu tesão, a tua excitação, não é mesmo? Tudo bem, que sempre queremos que o outro sinta que você sabe o que está fazendo. Mas ainda ainda o teu tesão é mais importante. Se não for, não adianta de muita coisa.
Pelo menos pra mim é. Eu sei diferenciar muito bem amor de sexo. Quando estou no meio do ato, não consigo pensar na aura do amor, o tão belo amor. Me sinto meio suja, pensando em amor, numa hora tão sagrada!
Sexo deveria ser obrigatório. Sexo é alegria, é solução, é afeto. É, afeto. Porque não? Sexo é uma eterna troca de olhares, bocas entrelaçadas, suspiros, carícias intermináveis.
Isso pra mim, sinceramente é afeto.
O sexo é digamos assim, meu gás.
Soa ninfomaníaco, mas eu gosto dessa necessidade extrema, porque pelo menos ela me faz bem. Ao contrario do amor, que fode teu íntimo e não te faz gozar.
Você é eternamente feliz por breves instantes, e após deles também.
Felizes somos nós, que preferimos o sexo.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Questão de escolha.


A-M-O-R.
Uma palavra de várias interpretações, conceitos e concepções.
O amor para mim é uma escolha.
Amor é trágico.
Se você não ama, é uma tragédia estar só.
Mas se você ama, é uma tragédia sofrer.
Não que todas as pessoas sofram por estarem amando, mas em algum momento com certeza, sentirão a agonia de estarem amando.
Dizem que o tão sonhado amor muda as pessoas.
Eu realmente pensei que fosse assim. Acabei descobrindo, que nem mesmo essa tal magia consiga me transformar.
Dizem também que não podemos controlar esse sentimento, que não sabemos quando ele vai chegar e dilacerar nossas veias. Mais uma vez discordo.
Pelo menos eu me considero imune ao amor. Hipocrisia da minha parte? Não, realidade.
Isso não quer dizer que eu não ame, apenas consiste no fato de que eu corro dele. E tem dado certo.
Infelizmente, ou não.. A razão toma conta dos meus atos contínuos.
Conclui que o amor é apenas opção pra quem quer morrer.
Amor para os ''fortes'' é sustentação e até mesmo a sua força. Para os ''fracos'' como eu, é a chave pra um precipício, e quem em sã consciência quer abrir essa porta?

Amar não é fácil não. Parece tão puro, mas acaba contigo.

Aprender a ser.


Um misto de coisas, de sentimentos, e aflições rodeiam o meu ser. O meu novo ser. A minha nova maneira de olhar pra fora. Talvez seja perda de tempo, olhar pra fora, meu mundo de dentro me faz mais feliz, mesmo com todas as veias mútuas de sangue querendo explodir a todo instante, eu acho que tenho aprendido a viver em sintonia comigo.
Não sei porque, mas estou fugindo das palavras, que correm pela minha cabeça a todo instante. Poemas novos, textos expressivos que estão aqui dentro de mim, loucos pra sair, eu não sei porque não queria coloca-los para fora. Passei muito tempo sem escrever, e nem sei o motivo exato. O estranho é: Escrever costuma ser o meu refúgio diário.
E nesses dias o meu refúgio tem sido a música, a reflexão sobre eu mesma. Mas decidi voltar pro meu antigo e maravilhoso ato de escrever. Escrever me faz feliz. E eu ultimamente só quero ser feliz, não importa com quem, ou com o que. Só pelo fato de estar rindo por exatamente nada com aquelas pessoas que estão ao meu lado, e me fazem um bem imensurável. Me fazem olhar pra o céu e ver estrelas brilhantes o tempo inteiro.
Esses dias me vi um pouco só, apesar de estar rodeada de gente especial, mas o fato foi, acabei decepcionando umas pessoas, mesmo sem eu querer, ou por eu ter feito com intenção, o que definitivamente não foi. Vai ver, nem decepcionei, mas magoei. E isso me dói. Dói mais em mim que neles, pode acreditar. Mas as coisas vão se resolvendo, e aos poucos os sorrisos vão se encaixando em cada rosto certo. Eu sei que eu amo, amo, amo, amo e amo demais, o problema é: Não sei lidar com esse monstro cheio de faces. O tal do amor.. Tão reluzente de lindo.. Realmente, é lindo, é prazeroso. Mas não sei lidar com ele. Tenho que por na minha lista de coisas a aprender, urgente, antes que eu decepcione, ou magoe quem não precisa ser magoado.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Um pouco tarde para mais de um beijo.


Ele disse pra si mesmo, que não a queria mais. Não queria mais ter que conviver com aquela confusão, era mais fácil anular o sentimento e pronto.
Tudo parecia estar sobre controle, quando a viu novamente. Era como se o mundo dele caísse assim que ela piscasse. Uma simples olhada de lado, e movimentos de cabelo o fazia tremer.
Amor. Ele costumava dar esse nome a essa loucura que corria pelas veias dele.
Nunca havia passado pela cabeça dele que ela poderia sentir algo parecido.
Um dia, por consequência do destino, ela resolveu sentar do lado dele na sala de aula.
Ele ficou tão nervoso, que nem conseguia respirar. Mas fingia estar bem, apesar da cara pálida.
Ela olhava pra ele, sorrindo. E então resolveu perguntar:
-''Lucas, que horas são?''
Ele olhou pra trás, pra ver se não poderia haver mais algum Lucas, além dele alí naquele momento. Quando se deu conta que era realmente com ele que ela falava. Ele tremeu, e disse:
-''É.. É.. Eu acho que são.. 11:20.. É.. Que meu relógio está adiantado.''
Ela ficou séria, e juntou sua banca com a dele. Ele olhou pra ela surpreso, sem entender nada, afinal ela nunca havia falado com ele antes.
Ela abaixou a cabeça e disse:
-''Olha só Lucas.. Eu sei que pode parecer estranho, mas eu queria saber o que você vai fazer hoje a noite.''
Ele parecia uma estátua de tão duro que estava. Então ele disse:
-''É, está um pouco estranho mesmo, você nunca fala comigo Melina.''
Ela corou, e disse:
-'' Me responde por favor, vai sair?''
Ele confuso disse:
-''É.. Na verdade eu ia sim.''
Ela ficou tão nervosa, que levantou da cadeira. Rapidamente disse:
-''Ah, nossa, desculpe mesmo. Eu.. Me equivoquei, de verdade. Já estou indo pra aula de Química.''
Ele a viu saindo, e ficou parado. Até que levantou e falou:
-''Você quer sair comigo hoje a noite?''
Ela que já estava na porta da sala, parou. Olhou pra trás e estava completamente séria.
Ele estava suando frio, suas pernas pareciam que estavam prestes a quebrar e seus olhos estavam fechados.
Ela se aproximou dele, colocou a mão em volta do seu pescoço e o beijou.
Quando o beijo acabou, ele sentia como se estivesse ganhando na loteria. Estava tão eufórico, que ela percebeu.
-''Você está bem?''
Ele colocou a mão no rosto, depois a tirou enxugando o suor.
-''Estou realmente, muito.. Mais MUITO bem Melina. O que isso significa?''
Ela sorria como criança. E disse:
-''Não sabia que iria aceitar meu beijo, arrisquei. Mas vi que queria tanto quanto eu.''
Ele disse:
-''Você queria isso? Queria sair comigo e me beijar? Não.. Não é possível.''
Ela segurou na mão dele e disse:
-''Esperei a minha vida inteira, que viesse falar comigo, ou me chamar pra sair.. Mas você nunca veio. Então decidi tomar a atitude.''
Ele estava tão envergonhado naquele momento que a única coisa que conseguiu falar foi:
-''Eu amo você. Sempre amei.''
Ela mostrava uma expressão de alívio. O abraçou com tanta força que o deixou sem fôlego.
E disse:
-''Eu acho que esperei demais. Vou embora esta noite.''
Ele não entendia o que ela queria dizer.
-''Mas como assim? Embora pra onde?''
Ela disse com lágrimas nos olhos:
-''Estou indo morar em outro país.''
Ele não conseguia absorver aquelas palavras. Era como se não quisesse escutar. Ele então começou a chorar desesperadamente. E ela chorou junto com ele.
-''Por favor, não fique assim, pelo menos agora você sabe.'' Disse ela.
Ele chorava como uma criança, e nada conseguiu falar.
Então a noite chegou, e a hora dela ir embora se aproximava. Ele olhava no relógio, e sabia que ela estava indo pra longe dele, e sem data de volta. Ele não podia fazer nada pra ela ficar, ele também não podia ir. As circusntancias são difíceis, o mundo não é só amor. Ela estava do lado dele por tantos e tantos anos, e o medo o impediu tantas vezes de ser feliz. E mais uma vez esse medo o vencia, e o deixava sozinho. Tanto tempo perdido por conta de uma insegurança tão banal, uma atitude as vezes nos leva a um céu azul, mas tão azul, que mesmo que não tivesse dado certo, pelo menos tivemos a sensação de ter estado nele por instantes.
A vida é feita para ser arriscada. Nada acontece se não tentarmos, se ficarmos parados durante anos pra tomar uma decisão, talvez nós nunca teremos novamente a oportunidade de ter o que queremos. Oportunidades são únicas.




quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Do outro lado da minha porta.


Eu imploro a mim mesma, que eu fique bem.
Eu peço a minha própria cabeça, pra ela me dar uma trégua.
Rastejo por felicidade, palavras de conforto. Pessoas que me façam sorrir.
Estar sozinha tem sido realmente muito difícil.
Tem sido difícil, aceitar o que sou, como sou e porque sou.
As vezes, quero e necessito estar em outro plano espiritual.
Depois me arrependo de ter pensado dessa forma, por sei que muitas pessoas sofreriam com isso, eu machucaria muitas pessoas que me amam, que me querem bem.
Sinto tanta vergonha de pensar assim, de querer me fazer mal.
Mas nem acho que seja um mal. Eu não sei mais o que seria.
Eu só sei, que quando estou eu por mim mesma, eu olho pra dentro do que sou, e vejo uma sombra negra.
Uma coisa tão contraditória, pois sei que não sou assim.
A solidão ela é vazia, tão vazia, que ela chega a ser egoísta. Ela nunca te deixa pistas de quando vai voltar.
Mas e quando ela volta? Volta como uma bola de neve, com toda dor e angustia, das coisas que já passaram. Só eu sei, o quando dói e corroe a minha mente. Não digo meu coração, pois ele não existe tanto quanto antes. É a cabeça, ela toma controle de mim mesma, e eu sinto coisas vergonhosas. Qualquer motivo, é sórdido demais pra me fazer voltar a chorar, soluçar e querer sumir. Sumir mesmo, ao pé da letra.
Que saudade me dá, da minha Vick. (Minha cadelinha) Isso não faz sentido. As pessoas, as coisas vão embora.. Elas desaparecem, criam asas invisíveis.
E agora, infelizmente eu sei, eu sinto. Ela voltou. Ela está pedindo pra eu abrir a porta, e eu sou fraca, já abri e a chamei pra tomar um chá. Assim procede.

domingo, 3 de outubro de 2010

Amor desconsertado.


Não amo você do jeito que eu queria
O que eu tive de fazer, tive de fugir de você
Estou apaixonada por você, mas a vibração está errada
E isso me assombrou o caminho todo pra casa

Então você nunca sabe, nunca sabe
Nunca sabe o suficiente até o amor acabar
Até perdermos o controle, sistema sobrecarregado
Gritando não, não, não

Não te amo do jeito que eu queria
Sabe, eu quero me mover, mas não consigo escapar de você
Então eu fico na minha, mantenho um código secreto
Para que ninguém mais tenha de saber

Então deixe seu amor trancado, seu amor trancado

Então fico pensando, quando estiver sozinha
Em algum lugar longe de casa, na zona do perigo
Quantas vezes precisou até eu conseguir ir até o fim
Você perdeu, você perdeu

Tenho de continuar, ir levando o amor
Continuar levando, só Deus sabe
Se eu ficar com você, estou confusa
Você escolhe, você escolhe.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Você virou a página? Eu já estou lendo outro livro.

Estou lendo um livro, bem mais interessante e com menos poeira.
Estou lendo um livro, mais culto e com mais amor.
Estou lendo um livro que me faz muito mais feliz.
Estou lendo um livro com mais ênfase nas palavras.
Estou lendo um novo livro. Um livro com compaixão, e metáforas espetaculares.
Estou tão intertida com meu novo livro, que chego até a esquecer, que já havia lido outros.
Estou lendo um livro, que me faz sonhar, me faz querer que ele nunca acabe.
Todas as páginas são uma nova descoberta, todas elas sem nenhum rabisco, ou nenhuma dobra.
E quando este livro acabar, eu começarei a lê-lo novamente.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Um sorriso irritantemente beijável.




Ela estava sentada, sozinha e com seus pensamentos levianos ao som de ''30 seconds to mars''.
Aquele era o mundo dela, ninguém ou nada a interrompia.
Mas numa tarde ensolarada e vazia de um domingo qualquer, algo a chamou atenção, e era difícil esse fato acontecer. Mas essa coisa em que ela reparava, era mesmo totalmente impossível de não notar. A ''coisa'' era branca, era radiante, tinha cabelos dourados e um sorriso espetacular que ia de uma ponta da boca até a outra, fazendo um formato desigual. O vento balançava as folhas das árvores que rodeava o parque, e ela estava boqueaberta com o que admirava incessantemente.
A ''coisa'' por questão do destino, ou por simples vontade, ou talvez por ter reparado nela, sentou-se alí, exatamente no banco onde ela estava.
Crianças gritavam atrás de uma bola murcha que ia de um lado para outro, jogada por adolescentes idiotas, que não tinham nada para fazer.
Mas apesar de tanto barulho em volta daquele banco, o silêncio reinava alí. Ela então resolveu olhar o livro que a ''coisa'' lia, discretamente desviou o olhar em direção ao livro dele. Ela conseguiu entender algo como: ''Segredos de uma noite'',
Ela amava aquele livro. Amava mesmo, já havia lido muitas e muitas vezes. Sem pensar soltou:
- ''Olha! Você tem muito bom gosto.''
A ''coisa'' a olhou assustado, pois estava tão concentrado, que não reparou quem estava ao seu lado. Mas educadamente respondeu:
- ''Você gosta? Está falando do livro não é?''
Ela pensava que ele a havia ingnorado, mas ao ver que ele tinha respondido, corou um pouco e disse:
- ''Sim. Gosto muito, aliás todos os livros desta saga são maravilhosos.''
Ele sorriu, e ela sentiu um leve frio na barriga. Então ele disse com um sorriso de lado:
- ''Concordo. Mas como seria mesmo o seu nome?
Ela não esperava que ele fosse se interessar pelo nome dela, mas assim mesmo fez questão de responder:
- ''Marília. Meu nome é marília, e o seu?''
Ele sorrindo como de costume respondeu:
- ''Cris.''
Ela ficou meio envergonhada mas mesmo assim perguntou:
- ''Só Cris? não seria Cristiano, Cristian?''
Ele deu uma risada alta.
- '' Só! Parece estranho, mas é só Cris mesmo.''
Ela sorriu junto com ele, para não parecer deslocada.
- ''Bom, o que você faz por aqui hoje? Não costumo te ver por esses lados. Venho sempre por aqui, e nunca o vi.''
Ele olhando para as crianças gritando respondeu:
- ''Ah, é porque sou novo na cidade, e vim conhecer os pontos bonitos que me indicaram. Mas já vi que estavam certos sobre as mulheres daqui.''
Ela arregalou os olhos, e como era extremamente impulsiva perguntou:
-''Como assim?''
Ele fechou o livro e respondeu:
- ''Me falaram que as mulheres daqui são muito simpáticas e bonitas. Muito bonitas por sinal.''
Ela estava totalmente corada, e com certeza ele havia notado.
- ''Hum.. Quem lhe disse isso? Não sou muito simpática, na verdade você me pegou num dia de humor neutro.''
Ele sempre respondia tudo sorrindo e isso a estava irritando.
- ''Nossa! Mas que personalidade. Eu já havia percebido isso, por conta disto, sentei ao seu lado.''
Ela fez uma cara de desenteresse:
- ''Desculpe a franqueza, mas o senhor ''sorriso'' está dando em cima de mim?''
E sorrindo ele disse:
- ''Senhor sorriso? Uau! Ninguém nunca antes havia se incomodado tanto com meu sorriso espontâneo.''
Ele fez uma pausa e continuou:
- ''Se estou dando em cima de você? Porque acha isso?''
Ela já estava desligando o Mp4 para ir embora, quando olhou para ele e disse:
- ''Como sabe que seu sorriso me incomoda? Desculpe se não deu em cima de mim, mas parece. Ou costuma mesmo ser tão aberto com quem não conhece?''
Ele dessa vez não sorriu, apenas disse:
- ''Alguém já te falou que teus olhos te entregam mais que tuas palavras?''
Ela olhou nos olhos dele e disse:
- '' É? E o que você vê neles agora? O que acha que quero te dizer?''
Ele soltou aquele sorriso novamente, se inclinou até que ficasse bem de frente aos olhos dela e disse:
- ''Sinceramente? Acho que desde que cheguei nesse parque, você me olha discretamente, mas com um olhar de quem quer me conhecer. Acho também que quer me beijar agora mesmo, porque não aguenta mais me ver sorrindo.''
Ele continuou sorrindo, mas agora um sorriso de lado. E ela corou.
-''Acha mesmo tudo isso? Pois então me beije logo, porque não aguento mais ver seus dentes.''
Ele colocou o livro do outro lado do banco e olhou ela nos olhos, segurou sua mão e a beijou.

Ela sabia que aquilo era extremamente fora do comum. Beijar um cara que ela nem conhecia, mas que contraditoriamente realmente a conhecia. Não parecia tão errado assim, beijar alguém por não querer mais o ver sorrir. Parecia na verdade confortante e sem regras.



segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Amizade, diferente do amor, é que podemos ter certeza.


Hoje, meu post vai em especial para duas coisas raras da minha vida.

Por toda vida encontramos pessoas maravilhosas, e também aquelas descartáveis.
Encontramos pessoas que guardamos em nossos corações de uma forma imensurável.
E eu tive um privilégio de ganhar duas cerejinhas de uma vez só!
Elas pra mim, não são as amigas, irmãs perfeitas, são aquelas que eu sei que vão me apoiar, que vão me dar uma bronca pesada, quando acharem que estou errada. Sem se importar se vou gostar do que falam ou não. São aquelas que com apenas um olhar meu, sabem mais do que se eu falasse alguma coisa. Aquelas, que me aliviam com um abraço aconchegante, e as vezes com tapas na cara totalmente amigáveis.
Agradecer é pouco. Acho que o suficiente, é o amor que tenho aqui. Que por sinal é amor demais, ele transborda de uma maneira fantástica. Mesmo quando brigamos, ou nos odiamos por breves instantes, o amor sempre fala mais alto.
Sinto a falta de vocês comigo todo dia, sinto saudades das brincadeiras, das risadas que não paravam nunca, das brigas idiotas, que mais parecíamos meninas de 4ª série. Sinto saudade, dos abraços de toda manhã. Ate quando eu nem queria olhar para cara de vocês. Bate saudade olhar pro lado na sala de aula, e não ter ninguém para comentar como estou irritada por não ter conseguido aquele livro que eu tanto queria, ou pra contar das minhas brigas com minha mãe. (novidade, hehe) Sinto saudade, é de tudo que passávamos juntas, do tempo que tinhamos. Falando em tempo.. Ele e a distancia nos tiraram isso, mas inegavelmente eles nos deram algo muito mais valioso. Que foi a certeza plena, que essa amizade não era momentânea. Não era passageira. É real, sempre foi, e agora se concretiza a todo tempo. Saudade é só uma questão a ser tratada com uma leve autenticidade de nossa parte. O que vale pra mim, e sei que pra vocês também, é o amor que sentimos uma pela outra, mesmo que mudemos, ou que nos afastemos por coisas fúteis. Sei que a sintonia é maior que isso tudo. As pessoas mudam, elas crescem, elas realmente sentem essa necessidade de mudar, é normal, é a essência da vida. Mas estarei aqui, para vocês, sempre que eu puder, e quando não puder também. Porque sei, que farão sempre o mesmo por mim, com a mesma intencidade. Nada está igual como antes, e nem vai ser mais como um dia foi. Não quero resgatar nada que passou, quero construir muito mais. Temos tempo demais pela frente.. Quero olhar pra trás daqui um tempo e dizer pra mim e pra quem quiser escutar: EU TIVE, E TENHO AS MELHORES AMIGAS QUE EU PODERIA UM DIA DESEJAR! e elas estão comigo, sempre.
Na verdade, eu tenho muito mais pra falar, mas acabei me perdendo nos meus pensamentos mútuos, e na vontade de falar tanta coisa aqui. Poderia escrever muito mais. Resolvi fazer isso hoje, porque sei que as coisas estão difíceis. Pra todas nós, mas é exatamente por isso que somos amigas. Tudo vai se encaixar. Amo vocês com todo meu pulmão, artérias, garganta, rins e estômago.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A dor, é a minha razão

Eu tenho medo do que sou, e do que me tornei, tenho medo de mim mesma, das minhas atitudes mal explicadas. Não consigo mais ficar sozinha, minha cabeça bate, bate, bate.. Ela me consome, ela me deixa louca, ela acaba comigo, ela vai tremendo e vai estourando e eu não consigo aguentar os efeitos dela sobre meu corpo, eu me machuco, eu me dilacero. Não sinto mais a dor, é só o medo. É a angustia de estar só... E eu não tô falando só de não estar com o cara que eu goste. Eu tô falando de estar só no verdadeiro sentido da palavra, ME DÁ PÂNICO NÃO VER NINGUÉM DO MEU LADO. QUALQUER PESSOA QUE SEJA. Se não fosse por uma alma, ontem a noite eu já tinha morrido. Suicídio é a minha solução. O suicídio me acalma, pode soar totalmente insano, mas a morte pra mim é a minha única paz. A minha única verdade. Não consigo viver comigo mesma, é um inferno interior. Eu não quero mais isso aqui, tô cansada dessa porra dessa vida de louca, a louca fingindo que é normal. Vão se foder todos, eu quero morrer. Agora. Já! Cadê a coragem? Sou tão covarde, que nem pra morrer eu sirvo.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Letra S. Letra de vazios.


Quando bate a saudade de alguém, é como se tirassem um pedacinho do seu coração e comesse, sem se importar se vai sangrar. É como se fosse uma chuva de verão, e o por-do-sol indo embora quando você mais precisa que ele fique. É uma falta que te dá, como se você mesmo não pudesse aguentar sozinho. A saudade é uma palavra tão vazia, uma palavra que me lembra angustias e despedidas sórdidas que obrigaram dois seres ou mais, a se afastarem por completo.
Muitas pessoas dizem que a saudade não causa o esquecimento, mas eu não estou de acordo com essa frase. Acho que a saudade causa o esquecimento contínuo do ser humano. A saudade é uma dor que te dá no fundo do peito, e você não sabe porque, ou como controlar, vai furando teu coração. Eu sinto essa dor o tempo inteiro, é uma dor que não cessa, que não pára nunca... As vezes eu gosto da dor que me dá, as vezes eu choro por não conseguir segurar, e certas vezes eu também procuro tentar entender, o porquê dessa dor.
Muitos falam que a saudade é uma prova de que algo valeu a pena... Eu acho que a saudade é uma metáfora filha da puta. Uma metáfora de amor não correspondido, ou de alguém que machucou muito outra pessoa, e agora não pode mais estar perto. A saudade é imune aos teus outros sentimentos, ela é capaz de devastar você, sem que perceba. Sonhos, saudade, solidão, sentimentos.
A letra S me intriga com seus prefixos e sufixos.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Suicídio opcional.


Hoje eu morri.
Hoje a minha melhor parte foi embora de vez. E eu que pensei que podia voltar ao normal.
Não eu não posso, eu hoje resolvi ser o que sou agora. Não tem mais volta, é permanente.
E o que eu sou agora? Uma parte obscura. Sem sentimentos... Ou apenas alguém cansada de sofrer, cansada de ser demais para os outros e não receber nada em troca.
O que os outros pensam que sou? Algum tipo de chão que eles pinsam, sem se importar se estão sujando?
FODA-SE! hoje eu simplismente cansei de ser a otária, cansei de ser a que perdoa, a que aconselha, tô pouco me fudendo pra todo mundo. É, sem exceções!
Hoje, eu vou mesmo é mandar todos procurarem um pisicologo de verdade, e me deixar em paz.
Acho que as pessoas pensam que sou formada em piscicologia pra resolver os problemas amorosos, problemas de família, ou problemas de ereção.
E eu? Quando eles vão querer saber dos meus problemas? Não que eu tenha problemas de ereção.. Mas sabe como é né? Todo mundo precisa ser escutado. Mas eu não. Nunca sou.
Vou guardar meus problemas dentro de mim, e coloca-los pra fora como sempre, pelo meio dos meus entorpecentes. Eles sim me entendem. E como entendem.
E para aqueles que não curtiram o meu novo jeito, só tenho a lamentar. Porque eu prefiro amar a mim mesma. E boa sorte pros que ainda tentam, vejo vocês no fundo do poço.

domingo, 19 de setembro de 2010

Pra que tu quer ser feliz?


Dias como domingo me fazem sentir uma nostalgia ruim, me fazem sentir um vazio, uma falta
que não posso explicar o significado. Falta de que? Ou de quem? Não sei.
Não sei ao certo porque meu coração bate ultimamente, eu mudei tanto, eu mudei por dentro, por fora também, mas minha maior mudança foi a insensibilidade. Não dá mais pra chorar, mas vai acumulando aqui em mim, um coágulo de energias ruins, um coágulo de sofrimento.
Como eu queria poder soltar num grito toda minha dor, toda minha solidão.
Tenho muitas pessoas ao meu lado, mas eu me sinto como se estivesse abandonada.. Pode soar egoísta. Eu sei que é egoísta, todavia eu só queria alguém pra que eu pudesse gritar de amores, poder sentir de novo o que é estar em meio a uma confusão de almas querendo encontrar sua parte perfeita. Eu queria mesmo é poder não ser assim, eu não queria ser assim.
Não seria mais fácil se a gente pudesse ser feliz por conta própria? É, seria, mas não é, e nem nunca vai ser. A felicidade que você precisa está em você, mas você tem que coloca-la pra fora. E quando você coloca ela pra fora, você deseja que ela seja posta em outra pessoa. É assim que funciona.
A felicidade é uma porra de uma necessidade que vai acabar com você, se não souber lidar com ela.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Honra.


Honestidade. Jeito simples de mostrar seu caráter.
Por fora, somos uma capa. Uma capa dura, ou frágil algumas vezes.
No meu caso é uma casca dura e impermeável.
E o que está por dentro? Alguém sabe explicar o que é ser você mesmo?
Alguém sabe explicar a tua sina? A tua honra, e atua vontade de fazer valer?
Honestidade, o que é afinal?
Segundo o dicionário: ''Ser de uma honestidade a toda prova. Decoro, decência, probidade.''
Decoro? Decência? Probidade?
Decoro: Uma coisa boa.
Ninguém é bom o suficiente, todos possuem um lado malígno, porque é assim que funciona,
a vida não é simples, o sentimento da pureza não está em questão.
Decência: Convincente de que vai ficar tudo bem, ou de ser do bem.
Não, nada é só beleza, nada vai ser bondade a flor da pele.
Probidade: integridade de caráter.
Caráter? Nem tente visualizar alguém integro de alma. Nem pense.
Por isso não busque saber o que és, as respostas são inadequadas, as próprias palavras se perdem, não fazem sentido. Apenas sinta ser você mesmo, vale muito mais a pena.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Um projeto inacabado.


As vezes eu me sinto tão extremamente feliz por certas coisas,
e por outros momentos as coisas que me fizeram tão feliz há um tempo atrás,
se tornam tão fúteis.
O ser humano É fútil, nós lutamos por coisas desnecessárias todo santo dia.
Nós só não admitimos. A gente esquece do grande valor das coisas, esquecemos que o amor é fundamental, que a paz que o mundo precisa está dentro de nós, e que a única coisa que precisamos fazer é jogar essa paz para fora... Jogar de uma maneira tão unicamente nossa, que assim a gente pode fundir tudo, a gente pode sim mudar o mundo, todos podem concluir um projeto inacabado. E é isso que o mundo precisa.
Eu vejo o mundo como um projeto inacabado... Um projeto que tinha tudo parar dar certo, mais os seus 'donos' não souberam administrar, e será que nunca vão saber?
O que o mundo precisa é de sorrisos, sorrisos tão extremamente grandes que contagiem a todos só de olhar, o mundo precisa de abraços tão gigantes quanto o nosso ego, para podermos ajudar aqueles que se sentem tão sozinhos, muito mais do que nós nos sentimos, só porque não estamos com aquela pessoa que amamos... Ou talvez porque não conseguimos comprar aquela roupa, mp3.. Desejado. Eles se sentem sozinhos, por não possuírem uma família, uma casa, um cobertor, e uma pessoa que os ajudem. E nós passamos por eles todo dia, e o que fazemos? Olhamos, simplismente olhamos, com aquele olhar digno de pena. Você sabe o que é a pena? Um dos piores sentimentos existentes, não se engane. A pena não vale nada, eles se sentem ainda piores, de serem olhados dessa forma. O que deve-se ser feito, é ajudar. Essa sim é a palavra. AJUDAR. Não vai custar nada a você, muito pelo contrário ela vai ter recompensar. Com um sentimento tão lindo, tão completo... E vai te deixar com mais vontade de fazer isso, todos os dias.
Então pára de olhar pra dentro de si mesmo, e começa ver o mundo que vive, começa a olhar pra fora, e veja que o mundo mais do que nunca precisa dos seus sorrisos e abraços.

terça-feira, 14 de setembro de 2010


Hoje eu tô é com vontade, de esquecer meu nome e começar do zero.
Hoje eu tô com vontade de me machucar, tô com vontade de me embebedar e sair correndo
pelas ruas escuras cheias de tristezas, sem saber por onde ir, só correr.. correr.. e correr
Sentir o vento vindo nos meus olhos, boca, orelhas, nariz...
Sentir o movimentos dos meus braços enquanto eles balançam de acordo comigo
Sentir a frieza da noite e sentir que eu estou viva a todo momento, que eu sou só minha
e de mais ninguém, porque ninguém é meu também.
Quero sentir o poder que a noite tem sobre as pessoas, a noite está cheia de solidão de sorrisos, de angustias, de alucinações. Basta você escolher em que lado da noite vai ficar.
E sinceramente o meu lado é o lado da melancolia, é, não existe esse lado, mas é o meu lado.
Eu sou melancólica, eu gosto de chorar, eu gosto de gritar, eu gosto é de confundir.
Eu queria que a vida fosse como um jogo de tabuleiro, onde a cada virada do dado você andasse dois ou três passos, sem saber nunca quantos passos fosse dar.
A vida ultimamente anda muito estaticamente correta, sempre com tudo planejado. O que é bom é o que não é correto, o que é bom é o que a gente não pode ter controle. O QUE É BOM É O QUE NÃO É PLANEJADO!
Por isso eu vivo assim, sem saber pra aonde vou, e quem sou.. Só não sei até quando vou viver assim...

E nem nunca vou saber. Porque eu não quero.

domingo, 12 de setembro de 2010


Ela é assim, como fruta doce no verão...
Ela é como um beija-flor em meio a uma multidão...
Ela é assim totalmente feita pra mim, se encaixa em cada ponto meu...
Não sei o que me acontece quando chego perto dela, quando sinto o cheiro
e quando olho nos olhos, quando vejo que ela vai sorrir e me deixar bem.
E a raiva que me dá quando posso perder, me consome. Tenho medo,
tenho muito medo do que sinto, mas sinto, e eu não quero deixar isso se esvair.
Não vou deixar ela ir, vou guardar ela em mim.
Sentimento brotando, coração acelerando, coisa estranha de se controlar. O errado parece ser tão certo.
Quem inventou esse termo de errado e certo, não conhecia o amor.

Solidão é opcional, solidão é alternativo.

Cada dia que passa eu sinto que não sou mais eu. Não sei explicar essa complexidade,
só sei que a vida está correndo tão rápido, e é como se meus pés não pudessem alcançar
a velocidade dessa corrida. Me perco no meio dela, me distancio de pessoas que eram tão essenciais,
perdi meus objetivos, perdi meus conceitos, e o pior é que nem sei como eu fui parar nesse meio de confusões sem fundamentos. O coração está parado, como pedra em meio a uma tempestade de areia.
Complexidade me explica melhor que ninguém. Nem eu mesma, posso dizer o que sou hoje.
Talvez eu não seja ninguém para mim. Mas a esperança de ser alguém para outra pessoa nunca vai morrer.
Junto a tantos redemoinhos de solidão, e de dúvidas, o que resta é a fome de viver.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010


Existem pessoas de todo tipo no mundo.
Mas existem aquelas pessoas, que não crescem, que continuam as mesmas durante um longo tempo. O que elas não sabem, é que todo mundo um dia tem que crescer. Todo mundo precisa crescer.
Sinto dó daquelas que se fazem de crianças pra poder conseguir alguma coisa.
O que me assusta, é que não estou conseguindo nem mais ter dó, de ninguém. Não consigo mais chorar. Não consigo mais olhar nos olhos de alguém e confiar que tudo vai ficar bem, talvez isso seja o amadurecimento a longo prazo. Ou talvez seja só insegurança.
As pessoas são sozinhas, no fundo elas são totalmente mentirosas. Elas precisam de alguém pra dizer que são felizes. E eu não sou assim.
Eu não preciso nem de mim.