quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Bagunça das letras (minhas)

Por mim, eu seria assim sempre
Sem saber o que sou
Sem sentir completo.

A verdade é:
Estou com medo
Medo dessa coisa aqui dentro
Mas eu gosto
Eu gosto de não gostar da dor.
Eu não sei por que elas voam em mim
Plumas, plumas de mim!
O jardim está secando
O verde não está mais tão cinza
Mas a chuva não se foi
E eu estou aqui
Sem sentir-me completa
Por que sou bagunça daquelas brabas
E não vou deixar de ser assim
Gosto da bagunça que me torna eu.
E assim é... Tão complicada.
Tão... Somente... Embaralhada.

Or.

Que agonia dentro do peito. Não.. Do peito não.. Do coração. Falemos de coração. O coitado do seu coração. Quem dera não ter que te-lo. Mas eu não podeira sentir-me assim, sem ele. Soa amor, soa dor. É tudo uma sinfonia... Sinfonia de lamentos.

Alguns almejos.

- Eu nunca quis te magoar.
- Mas magoou..
- Eu nunca quis.
- Nem eu.
- Me magoar?
- Não te ter.
- Você me tem agora...
- Tenho?
- Tem.
- Então... Só não me faça sentir o que senti antes.
- O que?
- Dor.
- Eu já pedi desculpas...
- E eu já aceitei.
- Então esqueça. Você tem meu coração...
- Por completo?
- Acho que sim.
- Acha?
- Acho..
- Não ache...
- Mas...
- Só tenha certeza agora, por favor.
- Eu amo você.
- Certeza?
- É a única que eu tenho agora.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Pluviômetro.

Pessoas tão perdidas.


Chuva de sentimentos
Aurora de lamentos.

Perdi as palavras


Ah.. Se não fosse pelos momentos...
Raros, mágicos, pluviométricos os ríspidos momentos
Lípido dos meus próprios olhos
A chuva não foi-se simplesmente por que não quis
A chuva esteve, permaneceu
Ela só enriqueceu
As pessoas
Elas estão com medo
Elas vivem de medo
Por isso não tenha medo
Seja o seu maior medo.

Deixe-se chover.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Me chama

Sinto um peso sobre meus olhos
Sobre meus dedos, mãos e vasos sanguíneos.

Tanta gente, a maioria da gente, toda a gente... Querem viver tanto, fazer tanto.
Eu só quero fazer muito, ir embora logo.
Sempre fui paradoxo de mim mesma.
Egoísta é o que eu sou para as pessoas que me tem afeição.
Mas até onde vai a vontade e o egoísmo?
Na verdade, eu queria mesmo um bom chão gramado, flores azuis, rosas, roxas, verdes.. Alaranjadas.
Eu queria girassóis e um coqueiro.
Uma rede, e a partir do momento em que deitar-me, quero a sensação do sono lento, pesado...
Igual ao peso sobre meus olhos e vasos sanguíneos.
Mas desta linda vez, quero não poder abri-los.
Necessito deles fechados, para sonhar com a paz... Que nunca encontrei nos anos terrenos.
E assim.. Seria meu encontro com o destino.