domingo, 29 de dezembro de 2013

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Lista de coisas aleatórias sobre mim ou qualquer pessoa que eu possa ter inventado:
- Nunca consegui assistir Amelie Poulain inteiro. Ou me dá sono ou me dá surtos psicóticos - tenho vontade de esmagá-la a cada cena por ela ser obviamente doce e meiga.
- Apesar de imaginar sangue escorrendo da televisão quando tentei assistir o filme citado anteriormente, eu sou uma romântica exacerbada. Sou sentimental, gosto de todos os clichês amorosos.
- Isso provavelmente deve ser um clichê - tendo em vista que é uma técnica muito utilizada no entretenimento, vide Sherek.
- Nunca ganhei flores.
- Sempre quis ganhar flores.
- Nunca disse que queria ganhar flores.
- Marrom e azul são minhas cores favoritas.
- Tenho preferido ficar em casa a ter que aturar uma porrada de gente inconveniente ralando a axila na minha cara - sou baixa.
- Não sei mais o que falar nessa lista. Quando me imaginei escrevendo, achei que seria uma ideia genial e eu a encheria de fatos e coisas interessantes.
- Estou com preguiça.
- Eu minto quando estou bêbada.
- Eu estou bêbada.

sábado, 23 de novembro de 2013



Eu gostaria muito de conseguir entender o que eu sinto por você. É uma das coisas mais bizarras que eu já senti em toda minha vida. Acho tão irônico saber que eu tenho algo tão bonito dentro de mim e não posso fazer absolutamente nada com isso. É como um objeto que decora uma sala: sem ele a sala não deixaria de ser sala, mas a sala não seria a mesma sem ele.
Não sou a mesma sem esse sentimento.
Com certeza você deve me achar louca. Com certeza eu deva estar fazendo um papel ridículo me declarando pela milésima vez por você. Eu devo ser uma idiota por gostar de alguém que não consegue me enxergar como um ser humano e leva em consideração um monte de discurso e um moralismo horrendo. Eu devo ser mais idiota do que você por ainda regar esse vazinho que contêm meus sentimentos por você.
Você sempre disse que não tinha paciência para ler, mas sempre lia meus textos. Espero que você consiga me ler, me entender e tentar perder um pouco dessa ideia imbecil do personagem que você fez de mim. Eu não sou nada do que você pensa que eu sou, eu não sou nada do que essas pessoas imbecis dizem que eu sou. Eu não sou esse bando de lixo que dizem de mim.
Minha vida não é um circo, minha vida não é um puteiro, minha vida não é uma grande orgia. Eu cresci, sim eu cresci muito e talvez você tenha medo disso.

Talvez você tenha medo de eu não ser mais aquela menina de 13 anos que era uma completa idiota e não sabia nada da vida. Ainda sou aquela menina, mas sou uma soma de tudo que eu já vivi. Eu cresci muito, eu amadureci, eu vivi muita coisa e hoje, só hoje posso ter certeza da sinceridade dos meus sentimentos por ti: apesar de tudo ele continua intacto e essa é a maior prova da pureza contida nele.
Esse não é um texto implorando para que você me ame, para que você volte, para que você fique ao meu lado. Esse é um texto para que você saiba que a coisa mais bonita que eu já senti eu senti por você. Que esse amor complicado e que eu tenho tanta raiva ainda existe. Que mesmo que a gente não se veja e não estejamos juntos ele ainda vive. Eu sei que ele vive em você e isso me tranquiliza, porque eu não preciso estar contigo pra saber que sou amada. Ele é maior que todos esses dogmas ridículos de relacionamentos, ele é maior que qualquer merda que já tenham dito de mim ou de você. Ele é maior do que qualquer outro tipo de sentimento que eu tenha vivido.
Sei que é idiota te enviar isso, mas com você eu não sinto medo de parecer uma idiota. Eu já disse anteriormente que eu sou uma idiota. Eu não tenho medo, porque eu tenho certeza do que eu sinto.
Só queria te agradecer por ter me tornado uma pessoa melhor só por saber que posso sentir tudo isso.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

XX

Ela estava com a boca formigando, queria mais um trago daquele cigarro.
E ele estava tão excitado com toda aquela imagem dela, sentada no canto da cama, que nem conseguia pensar em outra coisa.
Ela jogou o cigarro fora, o puxou pela blusa, o jogou em cima do colchão.
Estava visivelmente com tesão. Sua boca estava um pouco aberta, com a língua passando por entre os lábios, bem devagar. Ele acompanhava todos os passos que ela dava. Estava um tanto paralisado.
Ela subiu nele, com as pernas arrepiadas, foi tirando a blusa devagar, com todo cuidado.
Ele passava as mãos por entre as coxas dela.
Já sem blusa, desceu até a boca dele, o beijou da maneira mais quente que podia. 
Ela sabia que ele estava querendo arrancar suas roupas, mas que também queria ver o que ela iria fazer.
Jogou o cabelo para o lado direito, levantou a sobrancelha esquerda, e foi tirando o sutiã dessa vez.
Ele mordeu os lábios.
Ela levantou, ficou de pé na cama. Estava de costas para ele, e foi tirando a saia com sensualidade e suavidade. Ela não podia ver o rosto dele naquele momento, mas sabia pelo toque na pele dela, que ele queria muito mais.
Então ela virou para ele outra vez, foi descendo, agora somente de calcinha e sutiã. 
Ele a apertou com força, mas não para machucá-la, apenas queria que ela soubesse, que ele a desejava.
Ele a jogou na cama dessa vez.
Ela fez um olhar de quem duvidava.
Ele tirou o sutiã dela com rapidez e sem piedade.
Ela soltou uma gargalhada.
Ele chupou os seios dela, com vontade.
Ela mexia as pernas sem parar.
Ele desceu a boca por entre a barriga e a virilha dela.
Ela mordeu suavemente o dedo indicador dele.
Ele desceu totalmente, até que ficasse na posição adequada.
Ela soltou um gemido um tanto alto.
Ele apertava a bunda dela, com desejo.
Ela sorria, gargalhava, gritava, estava em transe. Apertava os lençóis brancos da cama. 
Ele não queria parar.
Ela levantou subitamente.
Ele não parou, só levantou o olhar até ela.
Ela estava com os olhos fechados, o cabelo extremamente bagunçado, a boca aberta, ofegante e com as mãos grudadas nos lençóis.
Ele gostava do que via, e não ousaria em interromper. 
Ela ainda ofegante, caiu na cama como se tivesse feito três viagens na montanha russa mais rápida e alta do planeta.
Ele foi beijando ela devagar, até chegar nos seios, e finalmente no pescoço dela.
Ele soltou um suspiro com ar de sorriso.
Ela mordeu os lábios bem devagar, e de olhos fechados abriu um sorriso.


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Amores sem estações.

O sol acabou de nascer e ela ainda está aqui. As vezes me custa acreditar que ela ainda está aqui. Agora vejo os olhos dela mirarem a mim, de uma maneira tão dela... De um jeito que só ela conseguiria me olhar. O pescoço dela parece sempre tão necessitado dos meus beijos. Aquela pele tão macia, os pelos do seu braço, arrepiados, com frio. E aí me dou conta que estou amando. Estou amando não só aqueles lábios... Estou amando até mesmo a luz do sol que entra pela janela e toma conta do corpo dela.
Mas aí ela decide levantar. Parece que minhas veias estão secando. Mas ela só levantou da cama.
Viram? Estou enlouquecendo.
Entretanto, o meu medo não seria em vão.
Ela virou para mim, com aqueles olhos tão secos e azuis, e me disse:
- O sol já nasceu.
Eu deveria ter apenas sorrido, e a puxado de volta pra cama. Mas eu não fiz isso, é visível que eu não havia feito isso. Pois então, não haveria história.
Então eu disse:
- Está cedo, ainda.
Ela pegou em minha mão.
- Sabes que não. Sabes que está de cabeça pra baixo.
Respondi imediatamente, com as veias já em transe.
- Eu te amo.
Ela baixou a cabeça, aquilo não era um bom sinal. Eu sabia que não.
- Eu deveria ir...
Então, me dei conta de que o verão já havia começado.
- Você vai embora, outra vez?
- Em algum momento isso iria acontecer, e você sabe disso...
- Sei, mas não quero acreditar.
- Querer não é poder. E essa frase me enoja.
- Eu sei que você detesta frases prontas.
- Não posso fingir...
- Também sei que não quer mentir.
- Então não complique as coisas.
- Só não vou entender, porque sempre acabamos nessa cama, discutindo o fim, toda vez que nasce o sol.
- Não precisa entender. Eu já estou indo.
- Mas você vai voltar.
Eu queria que ela voltasse, eu precisava que ela voltasse. Então percebi que os olhos dela estavam miúdos. Estavam trêmulos.
- Eu não vou voltar dessa vez, chega de histórias sem finais. Chega desse maldito ciclo em que nos enfiamos.
- E o amor, onde fica?
- Fica dentro. Até um dia, resolver ir embora.. Todas as estações acabam e se renovam um dia.
- O amor não é uma estação.
Eu senti vontade de apertá-la. Não, eu não ousaria machucá-la. Mas eu queria, naquele momento eu quis. E se isso soa doentio e rude, que seja! Não vou mentir nos meus pensamentos.
- Se for ou não, continua sendo uma escolha. E eu já fiz a minha, lamento ter que ir assim, mas você não me deixou outra opção.
Ela me deu as costas. Estava exausta, queria sair do meu quarto voando, mas eu não consegui deixar que ela fosse assim tão fácil. Eu ainda precisava dizer alguma coisa.
- Você também não me deixou outra opção.
Ela virou o rosto em minha direção, esperando uma resposta.
Respirei fundo, e disse:
- Palavras não fazem sentido, mas se você quer me deixar de fora, me deixa de fora... Pode ir, a porta está aberta.
E ela foi.. Nem olhou pra trás.
Se me arrependo de não ter me humilhado naquele momento? Sim, me arrependo. Talvez se tivesse dito o que realmente senti, estaria acabado agora, e renovado na próxima estação. Mas meu orgulho me pediu arrego. Me pediu as contas.
Vou continuar aqui, escrevendo meus pensamentos sujos, tristes e totalmente sem sentido.
Afinal, amores e estações nunca fizeram muito sentido também.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Passos de saudade.

Os olhos dela estavam cheios de lágrimas. Mas não eram lágrimas comuns.
A cada uma que caísse, a raiva aumentava um pouco. 
Talvez se ela não ligasse tanto para o que é certo, os dias seriam menos pesados.
Mas ela ainda chorava. Chorava e chorava.
Não adianta quantas pessoas a digam que não importa. Ela ainda se importa.
Agora era ela por ela mesma. Decidiu não sentir mais tanto assim, fingindo que não faz sentido.
Sentir sem sentido. 
E ele a analisava de longe, e sentia o peso da dor que carregava naqueles olhos verdes claros.
Deveria ir até ela ajudar a carregar a dor?
Mas ele tinha medo dos olhos dela.
E não, não era somente ele que sentia medo... A maioria das pessoas também sentiam.
Não um medo comum, um medo de se sentir intruso demais.
O batom vermelho que ela usava, causava intriga entre as demais pessoas, e aquele lápis de olho afastava ainda mais.
Apesar de todo aquele receio que ele tinha, decidiu encarar aqueles olhos tão claros e tão escuros. 
Chegou mais perto e ela não exitou. Ela esperava que ele fosse embora, e ele esperava que ela o mandasse embora. Mas nenhum dos dois falou uma palavra. Continuaram sentados um do lado do outro. Ele ouvia a respiração dela, e tentava decifrar o que poderia significar.
Ela só continuava olhando pro horizonte bem em sua frente.
Nenhuma palavra foi dita. Mas os gestos falaram mais alto.
Ela estendeu a mão pra ele. Ele deu a mão pra ela.
E então ela resolveu dizer: Vamos dançar?
Ele respondeu com todo cuidado: E por que não?
Eles ficaram alí no meio daquela praça vazia e fria. Dançaram. Dançaram mesmo sem música. Dançaram com a música das batidas de seus corações.
Dois corações tão distintos. Um tão gélido e inseguro, o outro tão quente e curioso.
Beberam a saudade um do outro, como se nunca fossem sair de lá. Como se nunca fossem parar de dançar.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Km.

- Até gosto de dividir minhas palavras com você.
- Deverias morar mais perto.
- Talvez se morasse, não seria a mesma coisa.
- Mas as vezes me dá vontade de te dar um abraço.
- Você é lindo.
Ela deu um sorriso. Mesmo que ele não pudesse ver aquela feição, ela não tinha como evitar.
- Que nada, vamos falar mais de você.
- Mas gosto do teu cabelo.
- O seu é mais bonito.
- Vou comprar minhas passagens e vou morar na frente da tua casa. Certo?
- Venha logo, que estou esperando.
- Realmente queria.
- Eu sei.
- Ainda vamos nos ver.
- As vezes me assusta o quão parecido de mim, tu és.
- Por que?
- Porque nunca conheci alguém, que tivesse tantos gostos parecidos com os meus. Quero ser tua amiga.
- Você gosta de me imitar.
Ela sorriu novamente.
- Ainda não sei porque o nordeste é tão distante do norte.
- Mas nem é tão longe assim.
- Agora parece ser.
- Você é uma pessoa especial.
- Obrigada por ter gostado da minha foto.
- Que foto?
- Aquela.
- Ah! Mas por que?
- Porque se não tivesse gostado, talvez nunca iríamos nos falar.
- Obrigado por aceitar.
- Parece que te conheço há anos... E ainda quero poder te conhecer um pouco de muito. Quero escrever muito sobre isso.
- Isso o que?
- O quanto foi bom pra mim, poder ter com quem conversar agora.
- Psicólogo, cantor, escritor, poeta, sensitivo e dj.
Ele também sorriu.
E ela sentia que alguém no mundo, mesmo que longe, tinha o poder de fazê-la sorrir. De novo.
E isso ainda dava motivos para que ela continuasse querendo. Querendo amar, viver, sorrir.
Ele tinha a alegria e positividade que talvez faltasse nela.
E ela ainda ia poder abraça-lo um dia.
Afinal, nem são tantos quilômetros assim.

Ciclos de finais.


- Oi estranha!
- Oi.
- Por que tão seca?
- Por que tão invasivo?
- Hoje não é um bom dia pra você, né?
- Me passa esse cigarro.
Ela esticou a mão pra ele. Ele deu.
- Quando você ficou assim?
- Quando eu nasci.
- Mas ontem você estava tão feliz...
- Ontem não é hoje, e nunca vai ser amanhã.
- Mas pode ser o agora.
- Só se eu quiser. E esse não é o caso.
Ele a beijou de surpresa.
- Mas o que foi isso?
Disse ela, com os olhos abertos e confusos.
- Isso? É um beijo.
- Eu sei.
- Carinho.
- Isso foi roubo.
- Isso foi afeição.
- Não se perca em mim, não vale a pena. Você sabe como acabou da última vez.
- Nunca acabou.
- Você me faz ficar louca, e esse já é o início do fim.
Ele a beijou novamente, e dessa vez ela não havia ficado surpresa, apenas deixou ele passar as mãos por entre seus seios. Ela sentia que estava acabando tudo de novo. Estava tudo desmoronando. E ela gostava de estar desmoronando.
As mãos dele estavam descendo devagar em todas as curvas que haviam naquele corpo bagunçado que ela tinha. Ele sentia aquele cheiro... O cheiro do cigarro misturado com todos os tons de sarcasmo. E não queria parar, porque eles nunca paravam.
As cortinas balançavam, e a luz do sol entrava no quarto.
A cama estava cheia. Cheia de intenções promíscuas.
E ele... Ele estava totalmente envolvido com aqueles seios e aquela boca, que não parava de gemer.
Ela.. Ela só queria sentir o ardor. Mas ainda achava que podia ser mais do que tudo aquilo.
Era sexo.
Sexo com segundas intenções.
E não, eles não ficaram juntos no final.
É só um ciclo.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

O inverno chegou.

- Onde você pensa que vai?
- Pra longe de você.
- Sabes que nunca quis teu mal.
- Querer nunca foi poder, pra você.
- Pare com essa confusão.
- A chuva já passou.
- Não mude de assunto.
Ele a puxou pelo braço.
- Não toque em mim. Já te disse que as migalhas de nós dois, se foram junto com o nada que nunca fomos.
- Por que faz questão de ser tão rude comigo?
- Depois de tudo que vivi com você, não posso fazer diferente.
- Amarga.
- Não adianta.
- O que?
- Suas palavras não fazem mais efeito.
- Eu amo você.
- Palavras, não fazem diferença, quando são vazias.
- Você nunca acreditou.
- Acreditei, e esse foi meu pior erro.
- Vá, pode ir.
- Não precisa pedir...
- Só quero que saiba, que as palavras vazias que para você não fazem mais efeito, em mim ainda queimam.
- Tarde demais, o inverno já chegou.