quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Acho que não deveria achar.

É porque as vezes me dá vontade de fugir de mim.
Sei, sei que isso não é possível.
Mas minha mente é de um jeito, meu coração de outro.
Talvez um dia eu pare de achar tanto.
Eu nunca pude ter certeza de nada na minha vida.
Não, na verdade eu já tive. Uma única vez.
Mas essa certeza infelizmente foi embora no dia 8 de fevereiro de 2012.
Desde então nunca mais tive certeza.
Quando acho que acho alguma coisa, eu não achei nada.
Tudo confuso, minhas palavras são confusas, e não as admiro.

Cheiro de uma voz.


- Sabe, faz tempo que não escuto tua voz.
- E qual foi a sensação de ouvi-la depois de tanto tempo?
- Percebi que ainda sinto o teu cheiro, mesmo sem te ter aqui.
- Mas o que tem uma coisa com a outra?
- Nunca entendi também. Mas sei que você ainda está aqui, mesmo estando aí, longe de mim.
- Você ficou ainda mais louco.
- E você ainda mais linda.
- Obrigada.
- Mas você é.
- Não por isso.
- E pelo que?
- Pela inspiração.
- Você sempre teve, só não havia achado a forma de coloca-la para fora, ainda.
- Fica por perto.
- Não quero ir.
- Então, não vá.