domingo, 5 de dezembro de 2010

Mensagens de texto, são sinais vitais.


Sentada, ao som daquela música que ele mesmo havia mandado para mim. O olhava de escanteio.. Como se não quisesse olha-lo e nem que ele soubesse que eu o observava.
Mas o engraçado é que quando olhava ele nos olhos rapidamente, em fração de segundos ele também estava me olhando com o mesmo tipo de pensamento, tenho certeza. O conheço melhor que qualquer outra pessoa, sei o que ele queria com aquele olhar.
Sorrisos embaraçados. Risadas falsas pra mostrar desinteresse sobre ele. Muitos amigos na mesa, muitas conversas, mas quase nenhum motivo que me fizesse não reparar em cada movimento que ele efetuasse. Até as músicas que ele colocava para tocar, eu tentava adivinhar o por que.
Até que estou com o celular dele em mãos, e percebo que ele toca. Quando olho bem pra saber quem liga... A namorada.
Aviso que ela está ligando, ele vem buscar o celular, e eu com a cara de paisagem maior do mundo. Sabe aquela cara de quem nunca viu um celular? Ou de quem nem liga pra o mundo está acabando? Foi exatamente a minha feição na hora.
O resto da noite, foi somente troca de olhares, e tensão. Eu sabia que algo estava errado, ele estava calado, não ria, nem conversava com os amigos. Resolvi perguntar o que era. Mas convenhamos... Eu já sabia muito bem.
Perguntei, e ele não queria dizer.. Eu conheço tanto aquele rosto, que ele nem precisava dizer. Mas eu queria que ele falasse, eu queria que ele dissesse que era por causa de mim.
Egoísta até dizer basta. Eu sei.
Ele tentou se esquivar de mim, mas ele nunca consegue. Acabou escrevendo pela mensagem de texto do celular o que realmente era.
''Pensamentos.. Recaída.''
Eu li aquilo, meu coração pulsava como nunca.. Eu provavelmente fiquei vermelha, eu queria era o beijar ali mesmo. Mas eu me refiz em segundos e escrevi: ''Ah, normal''
Eu na verdade, não queria responder aquilo e sair. Pois foi o que eu fiz.
Fiquei o tempo todo o olhando, e vendo as feições de desânimo dele, até que eu decidi sentar ao lado dele, mesmo que eu não fosse olha-lo.. Eu só queria que ele soubesse que eu me importo.
Até quando as pernas dele, tocavam as minhas sem querer, eu suava como uma louca.. Eu sentia um frio na barriga, aquilo me incomodava, e eu tirava a perna. Ele tentava chamar a minha atenção com um isqueiro, e eu tentava dar um jeito de fingir que não ligava.
Eu lembro bem do abraço que dei nele, lembro das nossas bochechas perto uma da outra. Fervendo.
Logo após, todos foram embora, inclusive nós.
E essa foi a última vez que o vi. Não faço idéia de quando e como o verei novamente, só sei que será desconfortante pra nós dois.
E eu na verdade, nem sei como acabar esse texto, porque agora mesmo meu coração pulsa tão rápido, que eu não consigo mais expressar as palavras certas.. Vou deixando um rastro de vergonha por aqui.. E me retiro.

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