terça-feira, 26 de outubro de 2010

Um círculo de fogo. Um fogo chamado medo.


Esse sentimento não deveria ser algo que te faz querer estar perto daquele que tu ama?
Ou daquele que tu acha que ama.. ou talvez o que tu simplismente não consegue olhar nos olhos por mais de alguns segundos? É, mais comigo sempre tem que ser diferente.. Sempre tem que ser mais difícil. As vezes nem é, sou eu mesma que faço ser tão complicado assim. Eu não consigo amar. Está nas minhas veias.. Eu tenho medo do que eu posso fazer, ver, escutar.. Me dá um certo pânico. Quem não gosta de viver um grande amor? Quem não queria ter alguém que te ama, que tá sempre alí pra tu, mesmo que ele não diga, você sabe que a qualquer momento é com ele que tu pode contar, confiar. Quem não quer viver um grande amor e seus derivados? EU. Não quero ser escrava de um sentimento.. Não posso dizer essas coisas todas sobre o amor, se já não tivesse vivido ao menos uma vez não é? Bom, já vivi, já amei. Não quero mais, não consigo mais.. O contraditório é que eu amo. Mas não quero aceitar, e isso vai me matando, porque tomo atitudes que faz meu coração sangrar. Tomo atitudes para distanciar aquele que me ama.. Nem sei se ama.. Mas pelo menos amou. Eu tento jogar fora meu amor, e o dele ao mesmo tempo. Mas porque? É só isso que eu queria saber. POR QUE? Não. Talvez eu nem queira mesmo saber.. E se ele olhasse nos meus olhos, me mostrasse que me ama, que vai ficar comigo a todo custo, e que eu não tenho outra alternativa, o que eu faria? Aliás, o que você faria? Acho que eu choraria, e fugiria. Como sempre eu fugiria. Sempre acabo magoando quem eu amo, é como se eu fosse feita pra isso, pra magoar.
Já admiti que sou assim, que não tenho outra saída.
Fugir sempre parece ser mais fácil, mas muito pelo contrário, é muito mais triste..
Quando você foge de algo, significa que você quer muito, mas simplismente não sabe lidar com aquilo, daí tua única e insignificante alternativa é fugir pra longe de tudo que te faz lembrar quem tu ama.
Comigo não resolve, porque eu levo tudo que eu sou e o que eu fiz.
É como uma marca, que não sara, que só sangra.. E que a cada gota que cai, é um segundo perdido ao lado dele.
Para aqueles que acham que não tenho amor em mim, que saibam que tenho. O ponto é: Não sei expor e não sei como aceitar o amor daqueles que tanto querem me dar. Talvez eu realmente morra sozinha, numa solidão onde não haja mais ninguém que queira me amar como um dia quiseram. Mas pelo menos morrerei ciente. Sozinha, mas ciente. Se isso serve de consolo, não quero ser uma velha solidária, e cheia de hipocrisia. O ''velha solitária'' me basta.
Um ciclo vicioso. Um vício sem extremos. Uma extremidade sem amor. Um amor sem coragem.

domingo, 24 de outubro de 2010

Lágrimas de vidro.


Onde estão as respostas, para essa questão tão incerta dentro do meu coração?
Mas, que coração? Ainda possuo um? Nem sei mais se sim, ou se não..
Perguntas e mais perguntas, o tempo todo.. É o que mais me faço.
Perdida dentro de mim mesma, como se meu interior fosse um redemoinho, em que a todo
instante, caiu dentro do meu próprio buraco.
Um buraco que eu mesma construi, que eu mesma modelei.
É como se fosse uma bolha, que está prestes a estourar.. Uma bolha que dentro dela, há
vários tipos de sentimentos.. Tais quais:
Rancor, mágoa, alegria demais, confusão demais, ódio demais.. E esse é o pior.
O ódio. Tudo de mim, começa pelo ódio.
O próprio amor, que tanto temo.. Seu ponto de partida é o ódio.
Como renegar a teus próprios sentimentos e medos? Como fazer para essa bolha não estourar,
e junto com ela levar toda tua superfície?
As minhas lágrimas nesse momento, me parecem mais cacos de vidros, arranhando meu rosto, a cada milímetro que escorrem..
O que tenho de fazer, é não fazer nada. Só preciso esperar meu sangue descer junto com essas lágrimas, porque uma hora o sangue vai acabar. E aí, eu vou acabar também.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Necessidade múltipla.


Me pergunto todo dia, o significado do sexo.
Sexo pra mim, é necessidade. Falando bem francamente.
Sexo é uma mistura de paixão com egoísmo.
Vamos refletir: Na hora ''H'', você está pensando mais em você, mais no seu tesão do que no teu companheiro(a). Lógico que é uma troca de afetos, de soluços e de exaltação. Mas o que te importa mais, é o teu tesão, a tua excitação, não é mesmo? Tudo bem, que sempre queremos que o outro sinta que você sabe o que está fazendo. Mas ainda ainda o teu tesão é mais importante. Se não for, não adianta de muita coisa.
Pelo menos pra mim é. Eu sei diferenciar muito bem amor de sexo. Quando estou no meio do ato, não consigo pensar na aura do amor, o tão belo amor. Me sinto meio suja, pensando em amor, numa hora tão sagrada!
Sexo deveria ser obrigatório. Sexo é alegria, é solução, é afeto. É, afeto. Porque não? Sexo é uma eterna troca de olhares, bocas entrelaçadas, suspiros, carícias intermináveis.
Isso pra mim, sinceramente é afeto.
O sexo é digamos assim, meu gás.
Soa ninfomaníaco, mas eu gosto dessa necessidade extrema, porque pelo menos ela me faz bem. Ao contrario do amor, que fode teu íntimo e não te faz gozar.
Você é eternamente feliz por breves instantes, e após deles também.
Felizes somos nós, que preferimos o sexo.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Questão de escolha.


A-M-O-R.
Uma palavra de várias interpretações, conceitos e concepções.
O amor para mim é uma escolha.
Amor é trágico.
Se você não ama, é uma tragédia estar só.
Mas se você ama, é uma tragédia sofrer.
Não que todas as pessoas sofram por estarem amando, mas em algum momento com certeza, sentirão a agonia de estarem amando.
Dizem que o tão sonhado amor muda as pessoas.
Eu realmente pensei que fosse assim. Acabei descobrindo, que nem mesmo essa tal magia consiga me transformar.
Dizem também que não podemos controlar esse sentimento, que não sabemos quando ele vai chegar e dilacerar nossas veias. Mais uma vez discordo.
Pelo menos eu me considero imune ao amor. Hipocrisia da minha parte? Não, realidade.
Isso não quer dizer que eu não ame, apenas consiste no fato de que eu corro dele. E tem dado certo.
Infelizmente, ou não.. A razão toma conta dos meus atos contínuos.
Conclui que o amor é apenas opção pra quem quer morrer.
Amor para os ''fortes'' é sustentação e até mesmo a sua força. Para os ''fracos'' como eu, é a chave pra um precipício, e quem em sã consciência quer abrir essa porta?

Amar não é fácil não. Parece tão puro, mas acaba contigo.

Aprender a ser.


Um misto de coisas, de sentimentos, e aflições rodeiam o meu ser. O meu novo ser. A minha nova maneira de olhar pra fora. Talvez seja perda de tempo, olhar pra fora, meu mundo de dentro me faz mais feliz, mesmo com todas as veias mútuas de sangue querendo explodir a todo instante, eu acho que tenho aprendido a viver em sintonia comigo.
Não sei porque, mas estou fugindo das palavras, que correm pela minha cabeça a todo instante. Poemas novos, textos expressivos que estão aqui dentro de mim, loucos pra sair, eu não sei porque não queria coloca-los para fora. Passei muito tempo sem escrever, e nem sei o motivo exato. O estranho é: Escrever costuma ser o meu refúgio diário.
E nesses dias o meu refúgio tem sido a música, a reflexão sobre eu mesma. Mas decidi voltar pro meu antigo e maravilhoso ato de escrever. Escrever me faz feliz. E eu ultimamente só quero ser feliz, não importa com quem, ou com o que. Só pelo fato de estar rindo por exatamente nada com aquelas pessoas que estão ao meu lado, e me fazem um bem imensurável. Me fazem olhar pra o céu e ver estrelas brilhantes o tempo inteiro.
Esses dias me vi um pouco só, apesar de estar rodeada de gente especial, mas o fato foi, acabei decepcionando umas pessoas, mesmo sem eu querer, ou por eu ter feito com intenção, o que definitivamente não foi. Vai ver, nem decepcionei, mas magoei. E isso me dói. Dói mais em mim que neles, pode acreditar. Mas as coisas vão se resolvendo, e aos poucos os sorrisos vão se encaixando em cada rosto certo. Eu sei que eu amo, amo, amo, amo e amo demais, o problema é: Não sei lidar com esse monstro cheio de faces. O tal do amor.. Tão reluzente de lindo.. Realmente, é lindo, é prazeroso. Mas não sei lidar com ele. Tenho que por na minha lista de coisas a aprender, urgente, antes que eu decepcione, ou magoe quem não precisa ser magoado.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Um pouco tarde para mais de um beijo.


Ele disse pra si mesmo, que não a queria mais. Não queria mais ter que conviver com aquela confusão, era mais fácil anular o sentimento e pronto.
Tudo parecia estar sobre controle, quando a viu novamente. Era como se o mundo dele caísse assim que ela piscasse. Uma simples olhada de lado, e movimentos de cabelo o fazia tremer.
Amor. Ele costumava dar esse nome a essa loucura que corria pelas veias dele.
Nunca havia passado pela cabeça dele que ela poderia sentir algo parecido.
Um dia, por consequência do destino, ela resolveu sentar do lado dele na sala de aula.
Ele ficou tão nervoso, que nem conseguia respirar. Mas fingia estar bem, apesar da cara pálida.
Ela olhava pra ele, sorrindo. E então resolveu perguntar:
-''Lucas, que horas são?''
Ele olhou pra trás, pra ver se não poderia haver mais algum Lucas, além dele alí naquele momento. Quando se deu conta que era realmente com ele que ela falava. Ele tremeu, e disse:
-''É.. É.. Eu acho que são.. 11:20.. É.. Que meu relógio está adiantado.''
Ela ficou séria, e juntou sua banca com a dele. Ele olhou pra ela surpreso, sem entender nada, afinal ela nunca havia falado com ele antes.
Ela abaixou a cabeça e disse:
-''Olha só Lucas.. Eu sei que pode parecer estranho, mas eu queria saber o que você vai fazer hoje a noite.''
Ele parecia uma estátua de tão duro que estava. Então ele disse:
-''É, está um pouco estranho mesmo, você nunca fala comigo Melina.''
Ela corou, e disse:
-'' Me responde por favor, vai sair?''
Ele confuso disse:
-''É.. Na verdade eu ia sim.''
Ela ficou tão nervosa, que levantou da cadeira. Rapidamente disse:
-''Ah, nossa, desculpe mesmo. Eu.. Me equivoquei, de verdade. Já estou indo pra aula de Química.''
Ele a viu saindo, e ficou parado. Até que levantou e falou:
-''Você quer sair comigo hoje a noite?''
Ela que já estava na porta da sala, parou. Olhou pra trás e estava completamente séria.
Ele estava suando frio, suas pernas pareciam que estavam prestes a quebrar e seus olhos estavam fechados.
Ela se aproximou dele, colocou a mão em volta do seu pescoço e o beijou.
Quando o beijo acabou, ele sentia como se estivesse ganhando na loteria. Estava tão eufórico, que ela percebeu.
-''Você está bem?''
Ele colocou a mão no rosto, depois a tirou enxugando o suor.
-''Estou realmente, muito.. Mais MUITO bem Melina. O que isso significa?''
Ela sorria como criança. E disse:
-''Não sabia que iria aceitar meu beijo, arrisquei. Mas vi que queria tanto quanto eu.''
Ele disse:
-''Você queria isso? Queria sair comigo e me beijar? Não.. Não é possível.''
Ela segurou na mão dele e disse:
-''Esperei a minha vida inteira, que viesse falar comigo, ou me chamar pra sair.. Mas você nunca veio. Então decidi tomar a atitude.''
Ele estava tão envergonhado naquele momento que a única coisa que conseguiu falar foi:
-''Eu amo você. Sempre amei.''
Ela mostrava uma expressão de alívio. O abraçou com tanta força que o deixou sem fôlego.
E disse:
-''Eu acho que esperei demais. Vou embora esta noite.''
Ele não entendia o que ela queria dizer.
-''Mas como assim? Embora pra onde?''
Ela disse com lágrimas nos olhos:
-''Estou indo morar em outro país.''
Ele não conseguia absorver aquelas palavras. Era como se não quisesse escutar. Ele então começou a chorar desesperadamente. E ela chorou junto com ele.
-''Por favor, não fique assim, pelo menos agora você sabe.'' Disse ela.
Ele chorava como uma criança, e nada conseguiu falar.
Então a noite chegou, e a hora dela ir embora se aproximava. Ele olhava no relógio, e sabia que ela estava indo pra longe dele, e sem data de volta. Ele não podia fazer nada pra ela ficar, ele também não podia ir. As circusntancias são difíceis, o mundo não é só amor. Ela estava do lado dele por tantos e tantos anos, e o medo o impediu tantas vezes de ser feliz. E mais uma vez esse medo o vencia, e o deixava sozinho. Tanto tempo perdido por conta de uma insegurança tão banal, uma atitude as vezes nos leva a um céu azul, mas tão azul, que mesmo que não tivesse dado certo, pelo menos tivemos a sensação de ter estado nele por instantes.
A vida é feita para ser arriscada. Nada acontece se não tentarmos, se ficarmos parados durante anos pra tomar uma decisão, talvez nós nunca teremos novamente a oportunidade de ter o que queremos. Oportunidades são únicas.




quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Do outro lado da minha porta.


Eu imploro a mim mesma, que eu fique bem.
Eu peço a minha própria cabeça, pra ela me dar uma trégua.
Rastejo por felicidade, palavras de conforto. Pessoas que me façam sorrir.
Estar sozinha tem sido realmente muito difícil.
Tem sido difícil, aceitar o que sou, como sou e porque sou.
As vezes, quero e necessito estar em outro plano espiritual.
Depois me arrependo de ter pensado dessa forma, por sei que muitas pessoas sofreriam com isso, eu machucaria muitas pessoas que me amam, que me querem bem.
Sinto tanta vergonha de pensar assim, de querer me fazer mal.
Mas nem acho que seja um mal. Eu não sei mais o que seria.
Eu só sei, que quando estou eu por mim mesma, eu olho pra dentro do que sou, e vejo uma sombra negra.
Uma coisa tão contraditória, pois sei que não sou assim.
A solidão ela é vazia, tão vazia, que ela chega a ser egoísta. Ela nunca te deixa pistas de quando vai voltar.
Mas e quando ela volta? Volta como uma bola de neve, com toda dor e angustia, das coisas que já passaram. Só eu sei, o quando dói e corroe a minha mente. Não digo meu coração, pois ele não existe tanto quanto antes. É a cabeça, ela toma controle de mim mesma, e eu sinto coisas vergonhosas. Qualquer motivo, é sórdido demais pra me fazer voltar a chorar, soluçar e querer sumir. Sumir mesmo, ao pé da letra.
Que saudade me dá, da minha Vick. (Minha cadelinha) Isso não faz sentido. As pessoas, as coisas vão embora.. Elas desaparecem, criam asas invisíveis.
E agora, infelizmente eu sei, eu sinto. Ela voltou. Ela está pedindo pra eu abrir a porta, e eu sou fraca, já abri e a chamei pra tomar um chá. Assim procede.

domingo, 3 de outubro de 2010

Amor desconsertado.


Não amo você do jeito que eu queria
O que eu tive de fazer, tive de fugir de você
Estou apaixonada por você, mas a vibração está errada
E isso me assombrou o caminho todo pra casa

Então você nunca sabe, nunca sabe
Nunca sabe o suficiente até o amor acabar
Até perdermos o controle, sistema sobrecarregado
Gritando não, não, não

Não te amo do jeito que eu queria
Sabe, eu quero me mover, mas não consigo escapar de você
Então eu fico na minha, mantenho um código secreto
Para que ninguém mais tenha de saber

Então deixe seu amor trancado, seu amor trancado

Então fico pensando, quando estiver sozinha
Em algum lugar longe de casa, na zona do perigo
Quantas vezes precisou até eu conseguir ir até o fim
Você perdeu, você perdeu

Tenho de continuar, ir levando o amor
Continuar levando, só Deus sabe
Se eu ficar com você, estou confusa
Você escolhe, você escolhe.