quinta-feira, 5 de maio de 2011

Cafeína

Lá vou eu outra vez
Perdida na imensidão da dor
Juntando as folhas que se dizem minhas lágrimas
Aparentando solidão
Aparentei escuridão
Jantei café
Café preto, com gosto de saudade
Lambi os beiços à procura da nostalgia
Movi os olhos em direção ao vento
Vento que não tem cor, que não me deixa sorrir
Abro meus braços em sinal de indignação
Mas outra vez me vêm o gole do café
Gole que ardeu, mas não queimou.
O café acabou
Meu último gole foi este
Amargo e seco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário