quinta-feira, 12 de abril de 2012

Devaneio.


- Eu queria que você sentisse a minha falta.
- Você sabe que eu sinto..
- Não! Eu não sei. Eu nunca sei se você quer estar comigo.
- Deixe de lorotas.
- Você me complica.
- Você que complica.
- Viu só?
- Pare...
- Não entend..
- Sério. Pára, e dessa vez só escuta.
Ela assentiu.
-Eu quero você, quero todas as tuas loucuras e complicações. Quero tardes de chuva ao teu lado, mesmo que só estejamos brigando. Eu quero te querer...
- Está falando sério?
- Fica calada...
- Mas..
- Eu amo você.
Ela sorriu de lado.
- Esse é o momento que você responde.
- O que quer escutar?
- Só a verdade.
- Você é um palhaço!
Ele levantou a sobrancelha em tom de ameaça.
- Não me ameace com esse olhar.
- Você não sabe mentir, nunca soube.
Estava corada.
- Hum..
- Então?
- Ainda quer ouvir?
- Eu... AMO VOCÊ! E amo mesmo, muito, bastante, demasiadamente... Talvez esse seja o problema.
- Por que?
- Por que... Amor é uma coisa abstrata, complicada. E sentir isso demais é perigoso. A gente nunca sabe o que pode acontecer.
- É por isso que é especial.
- Deve ser..
- Quero viver essa complicação com você. Esse perigo, essa incerteza. Quero me aventurar contigo. 
- Já começamos faz tempo.
- E isso é particularmente belo.

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