quarta-feira, 25 de abril de 2012

A cor.


- Já te disse que você é linda, hoje?
- Sou linda só hoje?
- Hahaha! Sua irônica.
- Pode dizer.
- O que?
- Que sou linda.
- Convencida... IIIH!
- Até parece...
- Sua linda!
Ela sorriu de lado. Corada.
- Tá faltando algo.
- Dizer que sou lindo também?
- Não...
(Silêncio)
- Dizer que... O sol está quente hoje?
Ela olhou para ele revirando os olhos, e suspirou.
- Ahh! Já sei, já sei...
Ela abriu um sorriso.
- Você tá querendo...
Ela deu um tapa na perna dele, e abriu a boca como se fosse xingá-lo.
Ele gargalhou.
Calma, sua boba!
- Vá à merda!
- Eu também amo você, meu amor.
Ela baixou a cabeça e sorriu.
- Você é mesmo um palhaço.
- E você adora ir ao coração desse palhaço fazer uma visitinha permanente né?
- De vez em quando.
- Antes esse palhaço aqui não tinha nada. Só aquele velho nariz vermelho opaco...
- E agora?
- Agora... Esse palhaço encontrou a cor para o nariz dele. Encontrou a risada que precisava.
- Como ele conseguiu isso?
- Eu que deveria te perguntar... Como conseguiu dar cor a minha vida?
Ela nem ousou em responder, só o beijou.
Ele sentiu a resposta.
Era simples.
A cor era amor.

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