quarta-feira, 14 de março de 2012

Esqueiro sem cigarro.

- Sonhei com esse teu esqueiro.
- Com meu esqueiro?
- Isso.
- Mas.. Por que?
- Não não... Eu, na verdade, sonhei contigo. Só não quero admitir.
- Admitindo ou não, qual a diferença?
- Exatamente isso.
- O que? Não consigo entender seu dialeto.
- A saudade, faz a gente sonhar com o que a gente menos quer.
- Ou com o que mais quer. E não te quer.
- Sempre fostes tão rude... Mas sempre te amei por isso.
- Não sei de onde você tira esse sentimento.
- Nem eu.
- Acho que vou embora.
- Já faz tempo que você foi, deveria ficar dessa vez.
- Nunca vou te entender..
- Nunca vou poder te ter.
- Realista.
- Saudosa, na verdade.
- Corajosa.
- E sem esforços pra tentar.
- É, acho que agora já posso ir.
- Mais uma vez... Pode deixar, eu vou sonhar com seu cigarro dessa vez.

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