quarta-feira, 21 de março de 2012

O afago de um beijo.


- Volta aqui!
(A puxando pelo braço esquerdo.)
- O que você quer agora?
(Olhar ameaçador.)
- Seja sincera comigo.
(Sobrancelhas levantadas.)
- EU NÃO QUERO MAIS!
(Gritando.)
- Grite mais alto.
(Em tom severo.)
- EU NÃO QUER...
(Puxada pelo braço, ele a beijou.)
- Ainda não quer?
(Sorriso de lado.)
- NÃO!
- Tem certeza? Você parecia gostar...
- Nunca gostei.
- Você é mestre na mentira.
- Sou.
- E ainda assume.
- E você é mestre na insistência de algo que não vai acontecer.
- Se realmente não fosse acontecer, por que deixou eu te beijar agora?
(Sorriso.)
- Você.. Não.. Me.. Deixou.. Outra.. Opção.
(Gaguejando.)
- Não fique nervosa.
(Risos.)
(Ele ainda a segurava pelo braço.)
- Só... Pode tirar suas mãos de mim?
- Somente?
- O suficiente.
(Ele soltou-a.)
- Pronto.
- Agora já posso ir.
- Vá.
(Ele contraiu a boca.)
(Ela arregalou os olhos.)
- Como é que é?
- Oi?
- Você só pode ser LOUCO!
(Corada de raiva)
- Preciso rir.. Só um instante.
(Gargalhadas ecoavam, enquanto ela estava séria como nunca.)
- Já deu pra mim. E a propósito.. Você tem mau hálito.
- Anh?
- É isso mesmo.
(Debochada.)
(Ela já havia dado as costas.)
- Volte aqui, mocinha.
(Ela olhou pra ele com cara de nojo.)
- Me chamou de que?
- Pare com essa cena de menina difícil, sei que gostou do meu mau hálito.
- Nem vou responder.
- Sei que não quer falar.
- Ainda bem que você se tocou!
(Ele a puxou pelo braço e desta vez ela só ficou olhando nos olhos dele.)
- Deixa eu te mostrar como é melhor ficar calada.

E ele a beijou, de um jeito tão forte e doce ao mesmo tempo.
Ficaram ali por um bom tempo... Entre tapas e algumas mordidas, tentavam se entender, mas o beijo era o ápice.

- Viu? eu sabia que você não queria ir embora...
- Nunca mais, NUNCA MAIS, diga: ''vá''. Quando eu disser que estou indo embora...
- E eu sou o louco..
- Falo sério. Mesmo te odiando com todo meu coração, não quero que me deixe ir.
- E quem disse que eu vou te deixar em paz?
(Falou olhando bem nos olhos dela, e puxando-a pela cintura.)
- Só espero. Não aguento mais falar.
- Vou resolver isso agora.

Beijos, beijos, beijos, beijos.
Eles sempre resolvem tudo, afinal de contas.

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