quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A menina dos olhos picados.

Menina de fibra. Mas de um olhar tão adocicado, que a cada piscada que dava, levava consigo um formigueiro.
Talvez fosse esse formigueiro inteiro que a picasse, por ser tão doce. Cada picada, era uma mágoa.
Uma mágoa que a deixava sem forças. Mas que não a deixava morta.
Ser doce demais, provavelmente era seu maior ponto de lucidez, e de burrice.
Picadas profundas as vezes chegam a sangrar.
Nem sempre saram por completo.
Quase nunca se camuflam.
Mas ela tem o poder de esconde-las como ninguém.
A doçura sutil, mas que muitas vezes falava mais alto.
Era a mais doce, das meninas.
Sentimentos, sorrisos de transbordar cachoeiras.
Sua companhia era extremamente agradável.
Era bem pensando, mais que isso. Chegava a ser necessária.
E quem sabe não fosse por isso que tantos a picavam?
Já mencionei que picadas profundas não cicatrizam.
Sem paradoxos, mas buscando conclusão.. A sua inocência não era angelical,
Era doce. Era de alma.
E quanto mais picadas, mais ela ficava docinha.

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