quinta-feira, 30 de junho de 2011

Pinguins.

"Solte minha mão''
''Não vou fazer isso"
"Já disse que não quero nenhum fiasco seu"
"Não entendendo como você pode ser assim"
"Não me venha com lamentações"
"Você me amava até minutos atrás"
"Solte minha mão"
"Você não quer que eu solte"
"Quem é você pra me dizer o que eu quero?''
"O amor de sua vida"
"Não me olhe''
"Não minta pra mim''
''Não''
"Não?''
"Não vai soltar minha mão?''
"Não''
"Então segure-a. Segure todo o meu desprezo''
"Seguro. Seguro toda sua doce mentira.''
''PÁRA DE ME CONTESTAR! SOME.''
"Páre de ser tão tirana.''
"Justamente por ser, não quero sua mão em minha mão.''
"Desculpe, não vou soltar.''

E eles ficaram alí.
Ele com as mãos grudadas na dela.
Ela com tanta raiva, que nem conseguia deixar o ar respira-la.
Ele ainda tinha esperanças, que ela amoleceria as mãos.
Ela tinha certeza que ele não iria soltar sua mão. Por isso não amolecia.
As mãos grudaram. Não soltaram.
Ele não faria isso jamais, ele não se pronunciaria sem ela.
Ela não mostraria o que é, mesmo que ele já soubesse.
Ela só queria as mãos deles alí, juntas como dois pinguins.
Pinguins na geleira.

3 comentários:

  1. Aiai, consigo colocar rostos facilmente..
    Lindo.

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  2. parece a fala de alguém que eu conheço ;B kk LINDA. Tu me toca tão bem tocado!

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  3. Obrigada vocês! De verdade. *-* ( perceptoras demais)

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