sexta-feira, 7 de março de 2014

Deleitença


Não tens como fugir de mim
Nossos olhos prometeram:
A pele.
Não tens como me esquecer
Se nosso mundo ainda não existe:
imaginamos. 

Sabes que o encontro do rio com o nascer do sol
Sublinhou nosso riso
Você é as cores que deitado sobre a areia
Tentei decifrar
o verde e o azul
Mas sem toca-la
Não poderia entender
Os olhos
Criavam
o norte em que renasci...

Seu riso no canto do rosto

Ganhando-me por inteiro

embriagando com sua canção
mergulhava em teu mergulho
e corria nessas correntezas 
do sopro de sua alma

ceguei

o abraço que nos separa
é o cheiro que ainda sinto

esperei

e podes fugir de mim
esquecer nossas promessas,
oculta-las nas chamas...

e podes sumir sem mim
pois se encontrarmos os olhos
eles entregam um ao outro
como elástico solto depois de distanciado.

a dor dará forma
a orla cantando nosso riso
e a surpresa aliviará
sonorizará nossa sentença para o deleite.

incolor para a razão
bolor saboroso
dos vendavais
soprou nossas cores
misturando-as 
como elástico solto depois de distanciado.

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