quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Me chama

Sinto um peso sobre meus olhos
Sobre meus dedos, mãos e vasos sanguíneos.

Tanta gente, a maioria da gente, toda a gente... Querem viver tanto, fazer tanto.
Eu só quero fazer muito, ir embora logo.
Sempre fui paradoxo de mim mesma.
Egoísta é o que eu sou para as pessoas que me tem afeição.
Mas até onde vai a vontade e o egoísmo?
Na verdade, eu queria mesmo um bom chão gramado, flores azuis, rosas, roxas, verdes.. Alaranjadas.
Eu queria girassóis e um coqueiro.
Uma rede, e a partir do momento em que deitar-me, quero a sensação do sono lento, pesado...
Igual ao peso sobre meus olhos e vasos sanguíneos.
Mas desta linda vez, quero não poder abri-los.
Necessito deles fechados, para sonhar com a paz... Que nunca encontrei nos anos terrenos.
E assim.. Seria meu encontro com o destino.

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