quinta-feira, 21 de abril de 2011

Joaquins e Filomenas


Joaquim: "Sabes o quão sinto?"
Filomena: "Analiso..."
Joaquim: "Analisa?"
Filomena: "Analiso você, e sei"
Joaquim: "Hum.. Diga"
Filomena: "Os ponteiros do relógio sabem"
Joaquim: "Pergunto para eles?"
Filomena: "Deveria?"
Joaquim: "É necessário?"
Filomena: "Não"
Joaquim: "Então, só me abrace"
Filomena: "Só se você dizer o quanto sente"
Joaquim: "Você não disse que sabe?"
Filomena: "Ouvir isso, nunca vai ser crime"
Joaquim: "Eu te amo, pouco. Amar é bem mais que um eu te amo"
Filomena: "Não foi o suficiente"
Joaquim: "Nunca vai ser, por que não tenho como exprimir"
Filomena: "Eu sabia desde o começo. Bobo"
Joaquim: "Amo, quando me chama de bobo.. Tá aí.. Acho que é isso pra mim. O amor"
Filomena: "Ser chamado de bobo?"
Joaquim: "Não.. Sentir esse calafrio pelo corpo, e o brilho nos olhos quando escuto você pronunciar essas palavras para mim..."
Ela baixou a cabeça, ressentiu.
Ele levantou seu rosto, delicado.
Ela sorrio. O brilho do sol adentrou. A brisa continuou.
Se olhavam.
E era almejado. Esperado.
Básico como o vento.
E se já eram sinais aqueles olhares,
Que viriam dentro da alma,
Em busca de amor.

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