sábado, 5 de janeiro de 2013

Ciclos de finais.


- Oi estranha!
- Oi.
- Por que tão seca?
- Por que tão invasivo?
- Hoje não é um bom dia pra você, né?
- Me passa esse cigarro.
Ela esticou a mão pra ele. Ele deu.
- Quando você ficou assim?
- Quando eu nasci.
- Mas ontem você estava tão feliz...
- Ontem não é hoje, e nunca vai ser amanhã.
- Mas pode ser o agora.
- Só se eu quiser. E esse não é o caso.
Ele a beijou de surpresa.
- Mas o que foi isso?
Disse ela, com os olhos abertos e confusos.
- Isso? É um beijo.
- Eu sei.
- Carinho.
- Isso foi roubo.
- Isso foi afeição.
- Não se perca em mim, não vale a pena. Você sabe como acabou da última vez.
- Nunca acabou.
- Você me faz ficar louca, e esse já é o início do fim.
Ele a beijou novamente, e dessa vez ela não havia ficado surpresa, apenas deixou ele passar as mãos por entre seus seios. Ela sentia que estava acabando tudo de novo. Estava tudo desmoronando. E ela gostava de estar desmoronando.
As mãos dele estavam descendo devagar em todas as curvas que haviam naquele corpo bagunçado que ela tinha. Ele sentia aquele cheiro... O cheiro do cigarro misturado com todos os tons de sarcasmo. E não queria parar, porque eles nunca paravam.
As cortinas balançavam, e a luz do sol entrava no quarto.
A cama estava cheia. Cheia de intenções promíscuas.
E ele... Ele estava totalmente envolvido com aqueles seios e aquela boca, que não parava de gemer.
Ela.. Ela só queria sentir o ardor. Mas ainda achava que podia ser mais do que tudo aquilo.
Era sexo.
Sexo com segundas intenções.
E não, eles não ficaram juntos no final.
É só um ciclo.

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