sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Uma canção.


- Quantas vezes você já amou?
- Uma.
- Foi ruim?
- Nunca pude experimentar.
- Como assim?
- Ainda não pude saber como é amá-la verdadeiramente.
- E por que?
- Ela jamais ia querer estar comigo.
- Ela te deu um fora?
- Não.
- Você é um baita de um covarde, ein?
- Deve ser...
- Ou então ela é muito má.
- Não, ela é uma flor.
- Então, por que não cria vergonha nessa cara, e vai mostrar essa música que você fez pra ela?
- Já mostrei.
- E ela?
- Achou linda.
- E qual o problema com essa garota, afinal?
- Ela nem ao menos sabe que a amo.
(Ela puxou o violão das mãos dele, estava exaltada)
- Tantas pessoas querendo o seu carinho por aí, e essa garota esnobando você!
(Fez um biquinho)
- Que pessoas?
- Ah.. Uma amiga minha.
- Quem?
(Ele levantou a sobrancelha)
(Ela estava um tanto nervosa, e corada)
- Uma... Aí...
- Ei.
- Oi?
- Eu amo você.
- Ah, eu também, seu boboca!
(Sorriu)
- Não.. Eu.. Digo, de verdade.
- Tá dizendo que eu te amo de mentira?
- Não! É que, eu tomei coragem.
- Coragem?
- É. De falar pra menina má, que a amo.
(Ela estava corada, e naquele momento um tanto desnorteada)
- Essa menina da música.. So-sou... ?
- Sim.
(Ele tirou o violão das mãos dela, e pôs na cama)
- Você... Tá de brincadeira?
- De maneira alguma!
(Ela desviou o olhar, com um sorriso)
(Ele foi chegando perto... Colocou a mão sobre o rosto dela, e a beijou)
Mãos dadas.
Violão caindo no chão.
- Por que demorou tanto para me dizer isso?
- Tive medo.
- De mim?
- De não sentir o mesmo..
- E agora tem certeza?
- Ah... Depois da sua tentativa frustrada de me enganar, dizendo que uma 'amiga' sua..
(Ela deu um tapa no ombro dele)
- Pára!
(Risadas à fundo)
- Ainda bem, que você não sabe mentir.
- Ainda bem, que você resolveu não ser mais um covarde.

(Ele tocou as mãos dela mais uma vez)
(Ela sorriu levemente)

O violão ainda estava lá. 
O amor também.


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