quarta-feira, 24 de agosto de 2011

P's.


"Vem pra cá, deixa de ser tão orgulhosa.''
"Não."

"Quer que eu vá até aí só pra te trazer no colo né?"
"Você pensa demais."
Ela piscou.
Ele levantou a sobrancelha em tom de sarcasmo e foi até ela.
"Palhaça."
"Porco."
"Primata."
"Por que, tantos p's?"
"Por que tanta pergunta?"
Ela ascentiu.
Deitou ao lado dela. Pegou em sua mão.
"Paixão"
"Paixão?"
"É, paixão. Você é a minha."
"Por que diz isso agora?"
"Faltou meu xingamento pra você, com a letra P."
"Isso é xingamento?"
"É, o elogio é: Você é meu amor."
Ele sorriu. E mordeu o dedo que ela havia colocado no nariz dele.
"É assim que me agradece?"
Abriu a boca em tom de indignação.
Ele gargalhou.
"Amor não começa com P, então não vale, espertinha."
"Mas olha só você querendo ganhar de mim a todo custo..."
"Tenho uma melhor"
"Então diga."
Ela sentou. Ele também.
"Você é minha Pintura."
"Hum?"
"É.. É de você que vem minha inspiração.. Minha luz, minhas cores e meus tons."
"Ela abriu um leve sorriso, o abraçou forte."
"Viu? Eu sempre ganho!"
"Não... Eu sempre ganho, por que eu que tenho você. Minha primavera."
"Ah... Não, assim não vale..."
E então veio aquele “P” de repugnante “Surpresa”.
O beijo eterno.. O beijo da promessa.

Um comentário: