sábado, 9 de janeiro de 2010

(IN)completo.

É a época dos abraços, das comemorações e desejos supérfluos de boas mudanças.
São as ideologias e heróis de "Cazuzas" moderninhos.
As verdades mal contadas. Os boatos corriqueiros de cidades pequenas.
Um lugar vazio. Um silêncio que não se cala.
A partir dai começa o conto.
A menina seca e pálida que se acaba em vícios.
O garoto de quase vinte.
O casal disposto.
Mentiras a parte, se completam.
Ela no seu jeito apático de gostar.
Ele na sua infantilidade disfarçada de gente grande.
As conversas não se misturam. As frases não se combinam.
Mas o jeito simples de se perderem um no outro os fazem sorrir.
O toque e o tremor das pernas.
O sexo.
Nos pensamentos flutuando, saciando os desejos.
As manias dispersas. Diversas.
Um jeito simples de se pertencerem.
Ela e seu cigarro barato. Ele e sua literatura pré-vestibular.
Um momento para não se pensar em virtudes e em corações partidos.
Dela parte o abraço desajeitado que ele responde com um beijo sem prática.
Hora ou outra se ouve o barulho da tv reprisando os filmes que nunca viram.
Assim como as palavras que nunca se escutam.
As ligações que não retornam.
As desculpas retóricas. As despedidas informais.
A relação (nada) comum.

From Dinha.

4 comentários:

  1. "as faces do escorpião" tem a ver com "o doce veneno do escorpião" da, não menos puRa, Bruna Surfistinha?

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  2. Obrigada juzinha. Não joão, não tem nada a ver, é as minhas faces, sou de escorpião.

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  3. Muito lindo Dinha parabéns, continue assim tá shooow mesmo! :D

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