domingo, 15 de janeiro de 2012

A mentira.


- Eu já disse que não vou te perdoar.
- Mas.. O que custa?
- Custa meu orgulho.
- E o amor que você dizia sentir por mim?
- Eu que deveria te perguntar isso.
- Ah.. Por favor...
- Não implore, isto é ridículo.
- Então o que quer que eu faça?
- Só quero que retire sua culpa daqui, de perto de mim.
- Culpa?
- Por favor digo eu...
- Então.. Se é assim que deseja... Será.
- Obrigada.
- Adeus.
- Não... Nem me dirija a palavra. Só vá...
- Cuidado com o que deseja.
- Cuidado com mentiras.
- Não vou lhe dirigir a palavra outra vez.
- Já está pesado demais, para um adeus.
- Então, até quando eu nunca mais voltar.
- É isso.

Então ele foi, sem olhar pra trás, com raiva do momento em que não pôde redimir-se.
E ela? Ela só respirava o orgulho ferido, que não aceitava 'adeus'.
Ambos com medo do adeus, que deram mesmo sem saber que era mentira.

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